Só 140? Não, não, muito mais do que 140 motivos para amar este orgulho de cidade.

Amo Criciúma, por exemplo, pelos sinos da catedral. Há, na liturgia das suas badaladas, um momento em que todos os sinos instalados nas duas torres do nosso templo maior, badalam ao mesmo tempo. Do som grave ao agudo, passando pelos de frequência intermediária e fazendo, no conjunto, uma sinfonia extremamente bela, aos ouvidos. Lá atrás, nos primeiros tempos, havia um sino para cada evento. Não raras vezes, dois ou três sinos. E o povo sabia entender a mensagem que eles transmitiam. O mais frequente era aquele que anunciava a chegada de um enterro para as orações de encomendação do defunto trasladado. O mais agudo dizia: uma criança morta. O mais grave, enterro de adulto. Sons entremeados de dois ou mais sinos falavam que a encomendação seria de um adulto masculino ou feminino e, assim, sucessivamente.

Nos grandes momentos da santa madre, todos os sinos se ouviam repicar. Por exemplo: ressureição de Cristo, Natal, Ano Novo, São José. Nesses dias, o som de todos os sinos – e são pelo menos seis. E isto faz parte de nossa história que nos faz amar esta cidade!

Amanhã publicarei outras razões que me levam a amar este orgulho de cidade que, dia 6 de janeiro, completará 140 anos de existência.