Em Santa Catarina, a região Sul é a terceira com o maior número de casos ativos por Covid-19, hoje, com quase dois mil contaminados. Na última semana, em média, 1.750 pessoas se contaminaram e, praticamente, cinco morreram por dia no estado em decorrência do coronavírus. Os dados são do Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (NECAT), da Universidade Federal de SC (UFSC).

“Na semana passada, mais de 12 mil pessoas se contaminaram no estado, com isso quase três mil pessoas ficaram com casos ativos. Na semana que passou, 33 pessoas perderam a vida em SC pela Covid-19, coisa que não estava acontecendo a bastante tempo”, pontuou o professor e coordenador geral do NECAT UFSC, Lauro Mattei.

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O núcleo faz um trabalho acompanhando a situação da Covid-19 em SC desde março de 2020. Semanalmente, é publicado um relatório exibindo o resultado da pesquisa. “Neste momento, nós estamos fazendo apenas um informativo semanal, que contempla quatro indicadores: a evolução dos novos casos; a evolução das pessoas que ficam com a doença, os chamados casos ativos; a evolução dos óbitos; e a evolução da ocupação da estrutura hospitalar”, explicou o coordenador.

Nas últimas semanas, o relatório apresentou uma expressiva expansão dos casos e óbitos em todas as regiões do estado. E, segundo Mattei, a agravação se deve ao “relaxamento” das pessoas perante o vírus. “Dados extraoficiais da Secretaria de Saúde do Governo do Estado mostram que grande parte dessas 33 pessoas que foram a óbito, ou não estavam com o sistema vacinal completo, ou sequer tinham imunização”, frisou.

UTIs seguem lotadas

Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), as lotações não se devem, especificamente, às contaminações por Covid-19. Segundo o professor, não mais de 6% dos leitos estaduais estão ocupados por infectados pelo coronavírus hoje no estado. O período do ano colabora com as agravações de doenças respiratórias, como H1N1 e dengue, que estão lotando os hospitais. A maior parte das regiões registra lotações acima de 95%.

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“Esse é o cenário que se desenhou nas últimas semanas e vai se agravar nas próximas, em função das condições climáticas que são muito favoráveis a expansão desses tipos de vírus”, alertou o coordenador geral. “A vacina é fundamental para nós continuarmos combatendo essa virose específica da Covid. Se nós relaxarmos com a vacinação, essas condições permitem que o vírus continue circulando fortemente”, concluiu.