O governador Carlos Moisés da Silva começou a entrevista coletiva desta terça-feira, 31, não falando dos casos de coronavírus do estado, mas dos policiais que forma baleados durante operação realizada em Criciúma. Daí, lamentou a segunda morte pela Covid-19 em Santa Catarina.

Carlos Moisés também destacou que o dia foi de reuniões para traçar estratégias no combate ao coronavírus. “Tivemos reunião com um grupo de deputados, fizemos uma explanação sobre a ampliação dos leitos de UTI. Foi o início de estarmos nos comunicando, reiterei os pedidos. Durante a tarde reunimos o grupo de gestão de crise para tratar da retomada das aulas com o uso da tecnologia”, falou.

Sobre o isolamento, Carlos Moisés admitiu que não é possível conseguir manter todos em quarentena e imunes ao vírus por muito tempo as pessoas isoladas e imunes do vírus. “Temos que pensar que as pessoas precisam retomar as atividades de forma segura. Isto está sendo debatido e vamos estabelecer o que, quando e como voltar a funcionar. Temos a necessidade da retomada da atividade de vários segmentos”, completou.

O secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, comentou que não há nenhum caso no sistema prisional de Santa Catarina.

Hidroxicloroquina 

Sobre o uso da hidroxicloroquina, Zeferino disse que a União está disponibilizando para os estado e que Santa Catarina segue as orientações do Ministério da Saúde. “O Ministério orienta que seja utilizado nos casos mais graves, temos vários estudos sendo realizados no mundo. Alguns casos positivos, outros de análises mais aprimoradas sobre doses. Seguimos as orientações do Ministério, medicamentos foram disponibilizados e usamos em casos mais severos”, explicou.

Impacto econômico

A economia tem sido frequentemente citada e é preocupação das lideranças políticas e empresariais. O governador não deixou o assunto passar em branco na entrevista desta terça-feira. “Percebemos a queda do faturamento, o que vamos fazer é programar o desembolso no mês que vem, orçamento do mês que vem será fortemente impactado, readequar para cumprir os nossos compromissos. Neste momento, vamos cuidar dos profissionais da saúde que estão no combate ao coronavírus”, falou Carlos Moisés.

Testes

O secretário de Estado da Saúde diz que nesta terça-feira, o Laboratório Central (Lacen), ficou sem os testes. “Novos kits iam ser entregues pelo Ministério da Saúde hoje (terça-feira), mas ficou para amanhã (quarta-feira). Por conta disso, identificamos um novo laboratório para ter 4 mil testes que estamos adquirindo, mas estes laboratório precisa produzir para que tenhamos no estado e não ter descontinuidade nas análises que chegam ao Laboratório Central”, ressaltou.

Estado chega a 235 casos

O governador anunciou o número de casos no estado que chegou a 235, um aumento de 16 na comparação com a segunda-feira, 30. "Tivemos um aumento, de 219 ontem passamos para 235 hoje, casos confirmados até esse momento, um aumento de 7%, uma curva boa, não é uma curva ruim para Santa Catarina", confirmou Moisés.

 São duas mortes de catarinenses por conta do coronavírus. “Temos um nível de letalidade baixo o que nos dá esperança de conviver com esse vírus”, conta. Do total de infectados, 10% estão em leitos de UTI.

Na lista do Governo do Estado, constam dois casos de Siderópolis como sendo de Criciúma:

O Sul do estado chegou a 57 casos. Eram 55 até essa segunda-feira, 30, um crescimento de 11 nos últimos cinco dias.

Criciúma com 15 casos

A Vigilância Epidemiológica de Criciúma confirmou, na manhã desta terça-feira, 31, mais dois casos de coronavírus: uma paciente de 81 anos, que encontra-se em internação clínica, e um paciente de 64 anos, que passa por isolamento domiciliar. Com isso, a cidade já registra 15 casos confirmados de Covid-19.

Dos casos confirmados, Criciúma registrou o primeiro caso acima dos 80 anos. Além deste, são dois entre 20 e 29, três entre 30 e 39, cinco com idade entre 50 e 59 e um entre 60 e 69.

Casos em Criciúma por faixa etária:

De todos os casos da maior cidade do Sul do estado, 11 são mulheres e quatro são homens: