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Confira as dicas do Sebrae para manter os negócios durante a crise do coronavírus

Diretor técnico do Sebrae de Santa Catarina falou sobre o guia lançado para auxiliar os empreendedores
Por Heitor Araujo 20/03/2020 - 12:42 Atualizado em 20/03/2020 - 12:42
Foto: Divulgação
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O Sebrae lançou um guia com dicas para os empreendedores enfrentarem a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Pelos próximos meses, setores da economia continuarão a ser afetados pela diminuição de faturamento, muitos inclusive com a suspensão de atividades, como o setor de serviços. 

Em entrevista ao programa 60 Minutos, da Rádio Som Maior, nesta sexta-feira, 20, o diretor técnico do Sebrae/S, Luciano Pinheiro, falou sobre o Guia de Gestão Financeira.

"As empresas com certeza terão impactos muito grandes nos faturamentos e negócios. Lançamos esse guia de gestão financeira que trata do ponto central que a gente tem hoje, de fazer proteção de caixa", abordou Luciano. No guia constam dicas como:

- Fazer previsão de despesas pelos próximos dois ou três meses

- Negociar as despesas de maior impacto, tentar postergar pagamentos com fornecedores

- Evitar qualquer despesa que não seja extremamente necessária

- Negociar a possibilidade de recurso para capital de giro junto às instituições financeiras

Luciano falou sobre as opções que o micro e pequeno empreendedor pode tomar na busca por capital.

"Mais importante para o empreendedor é que neste momento a cada dia - ou a cada hora - surgem novas informações. Tem que ficar atento e não considerar a informação colocada agora como válida daqui a uma semana. As notícias na área econômica tendem a ser melhores a cada dia", apontou. 

Assim, as dias para procurar capital descritas no guia são:

- Fazer acesso online ao banco em que há conta, crédito pré-aprovado ou cadastro, para verificar se há possibilidade de crédito

- Fazer as contas de quanto precisará pegar por empréstimo. "Pode correr o risco de pedir menos e depois não conseguir o complemento ou pedir de mais e ter que pagar parcelas que não seriam necessárias", disse Luciano.

De acordo com o diretor, os bancos estão definindo estratégias de acordo com as atualizações sobre os danos causados pelo coronavírus. "Na quinta-feira a Caixa anunciou novas linhas e condições mais simplificadas", exemplificou.

"Há três dias os cinco maiores bancos anunciaram que vão prorrogar por 60 dias os vencimentos de dívidas das micro e pequenas empresas e também de pessoas físicas para contratos vigentes em dia", acrescentou Luciano. "Cooperativas de créditos já estão com estratégias de apoio. Importante é saber quanto você precisará e para isso precisa ter a previsão de despesas, incluindo aquilo que será cortado. Não peça dinheiro baseado no que está operando, porque você não estará operando", concluiu.

Serviços

A prestação de serviços pode ser a mais afetada pela crise. "Sempre que há uma crise os setores são afetados de formas diferentes. Os principais são aqueles de turismo, pela falta de mobilidade das pessoas - pousadas, hoteis, organizadores de evento, restaurantes. Os serviços, aqueles prestados pessoalmente, como salões de beleza, fisioterapia, psicologia, esses têm que ter atividades presenciais, o cliente não se desloca, esses zeram as receitas em si. Cada um tem que olhar para o seu negócio e ver como tratá-lo", apontou Luciano

"O empreendedor tem que focar hoje em analisar financeiramente e estruturar como vai passar os próximos dias e meses. Sempre pensar em três meses, não porque vai durar três meses esse recesso, mas no mínimo quando termina tem mais o período até retornar a atividade normal. Mais importante é pensar o depois: as pessoas não podem acreditar que no dia em que os decretos forem suspensos, que ali vão aparecer 50 pessoas para fazer uso dos serviços. As pessoas vão se perguntar se ali está livre do coronavírus, como que é feito o atendimento. Haverá novo posicionamento dos clientes na forma de escolher os fornecedores", finalizou.

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