Praticamente toda pessoa já teve alguma dor de cabeça por algum motivo em específico, seja ele estresse ou cansaço. Apesar disso, dor nunca é algo comum, e um incômodo na cabeça, quando repentino ou duradouro, pode ser na verdade algo pior. Em entrevista ao Ponto a Ponto, o médico neurologista Glauco Duarte da Luz ressalta quando que um incômodo pode ser muito mais do que uma dor de cabeça.

Segundo o doutor, é tarefa da própria pessoa identificar alguns sinais que configurem algo mais grave. O primeiro dos sinais é a ausência de uma dor semelhante prévia, algo que surge do nada. "De início repentino, uma dor que não cessa com analgésico comum, que progride rapidamente em um curto espaço de tempo e que tem um impacto diferente e sem precedentes", comentou Glauco.

Além desses sinais, outros sintomas podem chamar a atenção para algo mais grave, podendo estar também associados às dores de cabeça. "Sintomas como alterações da consciência ou perda dela, confusão mental, deficiência visual repentina, perda de movimentos de um lado do corpo, alterações de fala, ou se a dor de cabeça estiver acontecendo com alguma infecção. Febre, por exemplo", pontuou.

O doutor ainda reforça que dor nunca é algo normal, por mais leve que possa parecer. A automedicação, então, ajuda as pessoas a tratarem aquilo como algo mais comum - por mais que não seja. "A autoemdicação acaba se tornando uma situação perigosa se o uso de analgésicos acaba sendo acima de um determinado limite", disse.

Para casos de dores de cabeça, sejam elas repentinas ou duradouras, a melhor recomendação é procurar por um médico especialista. "Na dúvida, é interessante que a pessoa seja avaliada com o intuito de diferenciar essa dor, se é cosnequência de uma outra doença ou uma situação que mereça tratamento de imediato ou se segue um padrão de repetição e pode ter uma classificação", afirmou.