O que era para ter um final feliz, acabou terminando em uma história triste e revoltante. A designer Ingrid Silva, moradora de Cocal do Sul, encontrou uma filhote de cadela abandonada em um terreno no bairro Alphaville. O animal foi resgatado e cuidado por ela, mas acabou morrendo vítima de envenenamento. 

“No meu bairro tem vários terrenos vagos e eu encontrei ela em um desses voltando do mercado, ouvi o choro dela e trouxe pra casa na tentativa de encontrar um lar temporário ou adoção”, relembrou Ingrid. “Fiz alguns posts divulgando, tentei colocar em feirinhas, mas infelizmente não deu certo”, acrescentou. 

A filhote ficou com a moradora por pouco mais de dois meses, recebeu vermifugação e começou a ganhar peso. “Infelizmente, há dois dias encontrei ela morta perto da caminha dela no porão, com bastante espuma na boca e o corpo bastante rígido”, contou. Segundo a designer, é bastante comum encontrar animais abandonados na região.

O caso relatado por Ingrid foi divulgado pelo projeto Patinha Amiga no Instagram. Para a criadora da página, Ana Cláudia Liecheski, é difícil contabilizar o número de casos de envenenamento. “As pessoas não denunciam. Essa parte de denúncia de maus tratos ainda está super defasada”, comentou.

No município, cerca de cinco animais são envenados por semana desde o início do ano. Segundo Ingrid, a maior incidência se dá com os gatos.

Situações como essas são frequentes, mas ainda difíceis de encontrar os culpados. De acordo com o Artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, praticar abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais, sejam silvestres ou domésticos, é crime. A pena é de detenção de três meses a um ano, e multa. 

 

 

 

 

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