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Carbonífera Metropolitana realiza parceria com a Satc

Iniciativa irá transformar rejeito da mineração em produto químico de alto valor agregado
Por Redação Criciúma, SC, 10/04/2019 - 13:31 Atualizado em 10/04/2019 - 13:32
Foto: Divulgação
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A pirita, rejeito do carvão que nem sempre é aproveitado, terá um destino diferenciado a partir do projeto que a Carbonífera Metropolitana desenvolve em parceria com a Satc. A iniciativa visa produzir produtos químicos a partir da combustão do rejeito. O investimento na pesquisa e construção da planta piloto é em torno R$ 21 milhões, aprovados a partir de edital da Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep) junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

Trabalhando com a combustão da pirita, os técnicos irão desenvolver novos produtos químicos. São três os que resultarão desse estudo: bissulfito de sódio, sulfito de sódio e metabissulfito de sódio. Eles são usados na indústria de detergentes, têxtil, papel, tratamento de efluentes, fármacos e também de alimentos para reduzir a oxidação e perda de qualidade dos produtos. O convênio foi assinado na última segunda-feira (8), no Rio de Janeiro, pela direção da Metropolitana e o presidente da Finep, general Waldemar Barroso.

Do valor de R$ 21 milhões, R$ 2,1 milhões serão direcionados para a Satc. A equipe do Centro Tecnológico Satc (CTSatc) vai desenvolver a pesquisa em escala piloto, promovendo estudos e direcionado às aplicações. "Serão seis meses da primeira etapa da pesquisa, efetuando os estudos com a planta piloto. Da nossa parte, iremos ampliar as pesquisas de mercado", ressaltou o diretor executivo da Metropolitana, Edson Hertel.

Conhecimento e ineditismo

A parceria entre a indústria e a academia une esforços para a transformação do passivo da mineração em produtos de valor agregado. "Agrega-se não apenas equipamentos, mas, principalmente, conhecimento científico que será associado ao projeto. A Satc ajudará ao desenvolvimento de uma nova indústria na região, usando um subproduto do setor carbonífero", ponderou o diretor executivo da Satc Fernando Luiz Zancan.

Atualmente, indústrias de segmentos variados, como alimentício e de confecção utilizam o bissulfito ou metabissultifo para conservar alimentos ou para fixar o corante em peças de roupas, por exemplo. Não há fábricas que produzem a substância química no Brasil, já que para isso é necessário o enxofre. Conforme Hertel, a partir de uma tecnologia que a Metropolitana já possui, o Concentrado Piritoso (CP40), aumenta-se a concentra de enxofre na pirita, chegando a 40%. "Essa pesquisa já é nossa. Já aplicamos. Agora vamos testar o CP40 dentro dessa planta piloto que a Satc desenvolverá para chegar a um novo produto", afirmou.

A primeira fase da pesquisa inicia agora, com a construção da planta piloto e ajustes na pesquisa. Os prognósticos são positivos. "O foco inicial do plano de negócios é o mercado interno devido à alta demanda dos respectivos produtos no Brasil, abastecido quase na sua totalidade via importação. Por sua compatibilidade com os padrões mundiais de qualidade, a perspectiva de colocação da produção em grande escala é extremamente favorável", ressaltou o pesquisador do CTSatc Thiago Fernandes De Aquino. A segunda etapa é a produção em escala industrial.

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