A Concessionária Catarinense de Rodovias SA (CCR) assumiu os cerca de 220 quilômetros da BR 101 em Santa Catarina, entre Paulo Lopes e Passo de Torres, em julho desse ano. Logo após vencer a licitação e assinar o contrato de gestão do trecho, junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), iniciou as obras na rodovia.

No trecho mais ao Sul, no limite entre Sombrio e Santa Rosa do Sul, além de melhorias na sinalização, tanto vertical quanto horizontal e serviços de roçado, grades de proteção estão sendo instaladas embaixo das passarelas para evitar que os pedestres atravessem a via em pontos perigosos.

Na região entre Araranguá e Maracajá, onde deve ficar instalada uma das quatro praças de pedágio, as máquinas trabalham dia e noite e a via lateral já foi aberta.

Em todo o trecho serviço de roçado e reforço na fiscalização estão sendo feitos. Uma das questões que será assumida pela CCR na BR-101 sul é a iluminação. Isso inclui a Ponte Anita Garibaldi, de Laguna, que passava por uma briga judicial para definição de quem seria responsável pela tarifa no local, o estado ou o município.

A CCR deve investir ao todo R$ 7,4 bilhões. Dentre as obras mais importantes estão: bases operacionais, obras de drenagem, 18 passarelas, 98 quilômetros de faixas adicionais, reestruturação de pontes e viadutos e a instalação de quase 170 câmeras de monitoramento.  

Pedágio 

Ao todo, serão quatro praças de pedágio no trecho sul, localizadas entre Passo de Torres e São João do Sul, Maracajá e Araranguá, Treze de Maio e Tubarão e no limite de Laguna com Imbituba. As novas tarifas só devem começar a serem cobradas no primeiro semestre do ano que vem. Isso pois o contrato prevê a realização dos serviços primeiro.      

A tarifa foi inicialmente definida em R$ 1,97, mas deve sofrer um aumento até o funcionamento das praças, podendo ir para cerca de R$ 2,10. "Somente após concluídos todos os serviços é que podemos colocar a cobrança nas quatro praças de pedágio. Inclusive socorro médico e mecânico deve ser instalado", afirma Fausto Camilotti presidente da CCR. 

A concessão da rodovia ao grupo é válida por 30 anos. A iniciativa nesse primeiro momento é gerar mil empregos diretos.