A colheita de arroz esperada para o ano de 2025 é farta em Santa Catarina. Porém, apesar de positiva para os consumidores, a alta produção é negativa para os agricultores, que lucram menos, por conta da baixa no preço do produto. "Estamos na faixa dos R$ 70, R$ 75 reais a saca. O agricultor não está conseguindo pagar as contas, realmente é muito pouco. Esse ano é um ano de vacas magras para o arroz", aponta o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), e também presidente da Cooperja, Vanir Zanatta, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior.
Para o presidente da Cooperja e da Ocesc, o ramo segue em constante crescimento, e registrou uma evolução de quase 20% em todos os ramos de 2022 para 2024. "Bem mais do que o PIB do Brasil e a inflação. Todos os ramos tiveram bons resultados em 2024", conta Zanatta. Dentre todas as áreas cooperativas, o agro continua como a principal força do estado no setor. "Acho que esse crescimento em números e também nas sobras, houve um crescimento de mais de 50% das sobras, devido ao agro que foi bem o ano passado. O agro corresponde por quase 62% do nosso faturamento", informa.
Para os próximos anos, as cooperativas projetam um alto faturamento. "Em 2025, 26 e 27, a gente tem umas projeções bastante audaciosas. Queremos chegar em 2027 com R$ 120 bilhões de faturamento. Foi isso que nós conversamos com as nossas cooperativas", revela o presidente.
Cooperativismo
Questionado no programa sobre a força do cooperativismo no estado, Zanatta revela que cooperar está no sangue do catarinense, também por conta da descendência europeia. "Todas as cooperativas nascem por uma necessidade, por um problema que há na comunidade, no seu município. E isso fez com que o pessoal se organizasse. Algumas venceram, foram para frente, outras não, outras ficaram", finaliza o entrevistado.
Ouça, na íntegra, a entrevista do presidente da Ocesc e da Cooperja: