A professora de italiano e português, Bárbara Perito, natural de Tubarão, foi acusada pelo ex-namorado, o italiano Nunzio Bevilacqua, por supostamente integrar uma seita ligada a rituais satânicos e crianças sobrenaturais. Nesta quinta-feira (15), ela se pronunciou oficialmente sobre as graves denúncias.
A acusação rodou a Itália e o Brasil, sendo apresentada na RAI, principal canal de TV italiano, e no Fantástico, da Rede Globo. Conforme a história, que não possui comprovação, Bárbara fazia parte de uma seita que engravida mulheres, a fim de extorquir europeus e conseguir os valores de pensão.
Para a brasileira, a história foi inventada pelo ex-companheiro, em tom de vingança. “Ele começou a criar essa história já no momento que eu estava grávida, pegando qualquer informação que ele via à frente”, disse a professora, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior.
Ela relatou que, durante a gravidez, o italiano chegou a sugerir que não participaria da criação da criança. “Ele me ligou um dia perguntando se tudo bem se ele não participasse da criação dela, não registrasse e não ajudasse financeiramente”, relembra.
O advogado Henrique Comeli, que representa Bárbara, também concedeu entrevista nesta quinta-feira (15). “Durante o começo de todas as nossas conversas com a Bárbara, a gente imaginou que ele poderia estar vendendo alguma coisa ao mundo que não existia. Depois a gente viu que toda essa situação saiu da cabeça do Nuno”, aponta.
Comeli explicou que a defesa já moveu ações judiciais no Brasil, incluindo pedidos de indenização, e que trabalha para contornar os entraves legais internacionais. “Tem uma barreira, uma questão da diferença de país, existe uma barreira sim, mas a gente está contornando essa situação através de alguns meios”, informou.
A narrativa de Nunzio inclui ainda a alegação de que o exame de DNA que comprovou sua paternidade teria sido fraudado, e que até mesmo o laboratório estaria envolvido na suposta “seita”. Para Bárbara, tudo faz parte de um enredo criado por ressentimento. “Eu acredito que seja vingança e não apenas tentando se eximir da responsabilidade. Porque ele não aceitou o fato de que no início ele gostaria muito que eu estivesse ido à Itália e ficado lá com ele, para a gente formar essa família. E eu optei por ficar no Brasil”, justificou a professora.
Entenda mais sobre o caso e ouça a defesa de Bárbara: