O novo capítulo da novela do rotativo de Criciúma será a suspensão da cobrança em cinco ruas do município. O martelo foi batido após uma reunião entre o procurador-geral de Criciúma, José Araújo Neto e o prefeito Vagner Espíndola, juntamente ao Promotor de Justiça de Criciúma, Marcos Vinícius Ribeiro, que trata sobre a pauta do rotativo.
Durante o encontro, o município apresentou o estudo técnico que avaliou as vias incluídas na nova etapa do rotativo e definiu a suspensão da cobrança em cinco ruas: Pedro Rodrigues Lopes e Henrique Chenot, no bairro Comerciário, e Arlindo Guidi, Guerra Junqueira e Gonçalves Dias, no bairro Pio Corrêa. “O estudo recomenda a necessidade do sistema nas vias eminentemente comerciais e mistas, mas o prefeito entendeu ser razoável suprimir também outras quatro vias de perfil mais residencial, em consenso com o Ministério Público”, afirmou Pinheiro Neto, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior.
Segundo o procurador-geral, o estudo levou em conta o perfil de uso das vias (comercial, misto ou residencial), priorizando a permanência do sistema nas áreas com maior demanda de estacionamento rotativo. A medida será formalizada judicialmente nos próximos dias, dentro da ação civil pública em curso. O procurador destacou ainda que o objetivo da gestão é resolver a questão “de forma amigável e transparente”, reforçando que a relação entre o município e o Ministério Público tem sido pautada pela colaboração.
Além da definição sobre as vias, o encontro também tratou do reequilíbrio econômico-financeiro do contrato com a empresa responsável pelo sistema. O município realizou os cálculos e, mesmo com o aceite da concessionária, optou por contratar uma auditoria externa para revisar os números. “É um contrato de 20 anos, e qualquer erro poderia gerar distorções significativas. Por prudência, vamos ratificar os cálculos com um terceiro independente”, explicou o procurador.
Pinheiro Neto ressaltou ainda que a Prefeitura pretende criar uma comissão permanente com representantes do poder público e da sociedade civil para avaliar periodicamente o sistema. “O que hoje é uma via residencial pode se tornar mista ou comercial. A ideia é que essa análise seja feita de forma contínua, ajustando o rotativo conforme a realidade da cidade”, conta.
Ouça, na íntegra, a entrevista do procurador:
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