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Até o fim de novembro, pílulas antirressacas serão comercializadas no Brasil

Produto é vendido em uma caixa com 30 comprimidos
Por Redação Criciúma, SC, 12/09/2022 - 15:39 Atualizado em 12/09/2022 - 15:52
Foto: Reprodução/ Internet
Foto: Reprodução/ Internet

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Até o fim de novembro, a pílula antirressaca da empresa sueca De Faire Medical, vendida inicialmente no Reino Unido, será comercializada no Brasil. O produto é vendido a 30 libras, convertendo à moeda brasileira, chega a R$ 180 - uma caixa, com 30 comprimidos.

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Desde que começou a ser comercializada no mundo, há dois meses, a Myrkl já está disponível para envio a 18 países por meio do site oficial. Consumidores de lugares como Austrália, Nova Zelândia, Alemanha e França já podem garantir a pílula, lista que contará com o Brasil até o fim de novembro.

A caixa, com 30 unidades, é vendida no Reino Unido pelo valor de 30 libras, o que na cotação comercial desta terça-feira equivale a cerca de 180 reais – seis reais por comprimido, sem contar com o frete. De acordo com a De Faire Medical, a dose indicada é de duas pílulas antes da bebida alcoólica.

A Myrkl promete quebrar o álcool no intestino antes que ele chegue ao fígado, reduzindo assim a metabolização da substância no órgão e a quantidade na corrente sanguínea. Isso porque, no fígado, a molécula do álcool é quebrada em substâncias que produzem o desconforto no corpo, explica a endocrinologista Tassiane Alvarenga, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

"A ressaca é um conjunto de sintomas caracterizados por mal-estar, dores de cabeça, falta de energia, sonolência, que acontecem após a ingestão de álcool. Ela é causada pela quebra do álcool no fígado em dois componentes, o ácido acético e o acetaldeído, que são tóxicos para o nosso corpo. Por isso, a pílula busca quebrar o álcool antes de ele chegar ao fígado, para evitar a liberação das substâncias", diz a especialista.

No entanto, a pílula também reduz os efeitos da bebida no cérebro, característicos da embriaguez, então não é indicada àqueles que desejam beber em busca das sensações provocadas pelo álcool. Além disso, atua apenas sobre doses moderadas.

"Uma preocupação é que, pela diminuição da absorção do álcool, isso possa ser um gatilho para as pessoas beberem mais. Porque muitas pessoas bebem em busca dessa sensação agradável da embriaguez, mas, se a absorção de álcool diminui, você precisa de mais quantidade para ter os mesmos efeitos desejados", avalia o cirurgião de fígado e pâncreas, Ben-Hur Ferraz Neto, professor livre-docente da Universidade de São Paulo (USP).

O produto não se trata de um remédio, mas sim de um suplemento alimentar. Isso porque ele é composto por probióticos, bactérias consideradas boas para o intestino, além de um aminoácido chamado de cisteína para potencializar o efeito e uma dose de vitamina B12. No caso, o efeito desejado seria proporcionado pelas bactérias, que, ao chegarem na microbiota, passam a quebrar o álcool antes que ele vá para o fígado.

A pílula chegou a ser testada em um estudo, publicado na revista científica Nutrition and Metabolic Insights, em junho, que acompanhou 24 participantes. Eles tomaram dois comprimidos entre uma e 12 horas antes de ingerir duas doses de destilado. Em comparação com outro grupo, que não recebeu o suplemento, foi observada uma redução de 70% do álcool no sangue uma hora após as bebidas.

Colaboração Istoé Dinheiro

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