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"As medidas restritivas foram eficazes e vão ser se forem continuadas", afirma diretor do Hospital São José

Segundo o médico, o isolamento deveria ser prolongado por mais tempo
Por Guilherme Nuernberg Criciúma - SC, 27/03/2020 - 12:01 Atualizado em 27/03/2020 - 12:40
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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O diretor técnico do Hospital São José, Raphael Elias Farias, avaliou com preocupação o relaxamento no decreto estadual que determinava o isolamento social. De acordo com o diretor que também é médico infectologista, os casos confirmados no Brasil estão crescendo e em Santa Catarina e Criciúma não é diferente. "As medidas foram executadas e por isso não se vê a curva de casos crescer ainda mais. Na minha avaliação como médico, as medidas restritivas foram eficazes e vão ser se forem continuadas", afirmou em entrevista ao programa Agora, nesta sexta-feira, 27, na Rádio Som Maior.

De acordo com o infectologista, o vírus está circulando, mas de uma maneira menor por conta do isolamento. "O problema não é os primeiros dias, porque a partir da circulação tem o tempo de incubação, sintomas, até chegar num quadro mais grave que evolui em cerca de 10 dias. Talvez a primeira semana não seja muito significativa em número de casos, mas a preocupação vai para 15, 30 dias depois dessa abertura", comentou Farias.

Outro ponto abordado é que o número de testes não cresceu tanto pois o Ministério da Saúde mudou a normativa para realização do teste. Antes realizado em todos os suspeitos, que chegavam de viagem internacional com sintomas por exemplo, agora o exame só é feito em quem já está internado com quadro de síndrome respiratória grave.

Mudança de estratégia

Com 17 modelos liberados pela Anvisa, os testes rápidos devem chegar aos profissionais da saúde em breve. Segundo o diretor do São José, seria a hora de mudar a estratégia de atuação na identificação dos casos. "Neste segundo momento, provavelmente, vamos fazer os testes rápidos para ver qual o impacto do coronavírus na população, se realmente o vírus circulou na região. Precisamos testar mais a população, essa é uma estratégia fundamental para ter uma noção real dos casos, para poder afastar adequadamente", comentou o doutor. 

Auge do problema

A apreensão de todos os médicos no momento é com a chegada do momento do pico do coronavírus no Brasil. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta disse que no final de abril o sistema de saúde entraria em colapso. Raphael Farias alerta que realmente este período pode chegar. "Não estamos nem perto do pico ainda. Pensando na nossa população, temos pouquissimos casos. A grande preocupação é se o pico vir de uma maneira rápida e intensa, vamos perder o controle e a estrutura de saúde não possa dar conta", relatou. "O isolamento social deveria se manter ainda por algum tempo para que a gente não tenha um impacto tão grande", concluiu.

Tags: coronavírus

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