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Alta do IGP-M não deve ser sentida por locatários

Variação do índice que serve de base para o reajuste dos contratos de aluguel mais que dobrou em relação ao mês passado
Por Bruna Borges Criciúma, 28/09/2018 - 07:48
Arquivo (Daniel Búrigo / A Tribuna)
Arquivo (Daniel Búrigo / A Tribuna)

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A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou ontem a variação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) para o mês de setembro e o valor mais que dobrou em relação a agosto. De acordo com a FGV, a inflação que serve de referência para os reajustes nos contratos de aluguel ficou em 1,52% nos últimos 30 dias, contra 0,70% no mês passado.

No acumulado do ano, o IGP-M já chega 8,29% de inflação, chegando a 10,4% se somados os últimos 12 meses. Esse crescimento na inflação, porém, não deve ser sentido pelos locatários. De acordo com o presidente do Sindicato da Habitação do Sul de Santa Catarina (Secovi-Sul), Hemerson Machado, o atual cenário econômico ainda não permite que esse reajuste seja repassado.

“O mercado ainda está desaquecido e fica muito difícil aplicar esse índice. Os valores dos aluguéis, na verdade, já estão paralisados há quatro anos, sem sofrer nenhum tipo de reajuste”, afirma Machado.

“O que acontece é que, com o mercado em um momento ruim, a oferta acaba sendo muito alta e, se você aplica um reajuste no valor, as pessoas acabam se mudando para outro imóvel”, explica o presidente do Secovi-Sul.

Aluguéis comerciais

Se no setor residencial a inflação já não deve ser repassada aos locatários, para os aluguéis de imóveis comerciais a expectativa é ainda mais baixa. 

“Por causa desse momento ruim da economia, o comércio sentiu muito, tem muita sala comercial fechada, não abrem negócios novos. Por isso, na área comercial é ainda menor a chance de aplicar o reajuste”, declara Machado.

“E os preços praticados hoje já estão de 20% a 50% abaixo do que deveria ser o valor de mercado”, complementa.

Esperança de mudanças

Ainda que o panorama atual não seja o mais positivo, o presidente do Secovi-Sul pondera que, aos poucos, a economia começa a mostrar uma reação e a estimativa é de que em 2019 a realidade do setor seja diferente.

“Esse ano nós já começamos a sentir uma melhora, mas esperávamos que fosse mais forte. Mas, a partir do ano que vem já vai melhorar com certeza. As construtoras voltaram a fazer investimentos e novas contratações, isso reflete no comércio e todo o mercado gira”, pontua Machado. 


 

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