A trajetória do médico otorrinolaringologista, Alcides Kachava, foi evidenciada no Nomes & Marcas deste sábado (5). Gáucho, de Veranópolis - cidade a 163 quilômetros de Porto Alegre -, o profissional está em Criciúma há décadas e concedeu uma entrevista ao jornalista Adelor Lessa. 

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O médico, dos oito aos 19 anos, viveu em um internato localizado em um Distrito de Veranópolis. "Eu sou filho de uma família de pequenos agricultores e, na nossa cidade e redondezas, não haviam escolas públicas. Tive a sorte e oportunidade de conseguir entrar em um internato, onde fiquei uma década e fiz o primeiro e o segundo grau", detalha. 

Após este período no internato, o otorrinolaringologista mudou de município em virtude dos estudos. "Na minha cidade, não tinha outra alternativa, senão ir a Porto Alegre. Fui para lá, meio cego, não conhecia muito. Veranópolis, na minha época, tinha 25 mil habitantes, enquanto a Capital, em 1965, era bem maior", acrescenta.  

O principal desejo do médico era não voltar para a casa dos pais e, por consequência, trabalhar com a agricultura. "A minha intenção não era ser médico, eu gostava muito de pesquisa. Queria ser bioquímico. Como eu nunca tinha feito vestibular, tentei fazer para Medicina na Federal de Rio Grande do Sul, para ver o que era", enfatiza. "Tinham 100 vagas para 2.760 candidatos à época", finaliza.