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Agenor Castagna foi de bombeiro a exportação de mel

Empresário foi o convidado deste fim de semana do Nomes & Marcas
Por Erik Behenck Criciúma - SC, 18/08/2019 - 15:17

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Ex-bombeiro, fundador da Minamel e presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (Abemel), Agenor Castagna acredita que sonhar é importante, mas é preciso colocar a mão na massa e trabalhar para chegar lá. Ele foi o convidado deste fim de semana do Nomes & Marcas, falando sobre o que mais sabe fazer: mel.

“Eu trabalhei 18 anos com os Bombeiros, eu fui soldado, cabo e sargento. Neste período e até hoje, os bombeiros trabalham 24h e folgam 48h. Nessas folgas eu montei na época uma madeireira, comecei a fazer caixas de abelhas para os apicultores e então pensei que poderia fazer para mim mesmo, comecei com 40 caixinhas e foi até 2 mil e poucas”, disse o empresário.

Depois passou a vender o mel que produzia para compradores de São Paulo, até que veio a fundação da Minamel, hoje uma das maiores empresas do segmento no país. Antes da empresa decolar, Castanha largou o Corpo de Bombeiros e chegou a ser vereador em Içara.

A reinvenção no começo do milênio

Somente a produção para venda interna não estava rendendo e em 1998 a sua empresa passou por dificuldades financeiras. Ele não sabia falar inglês, mesmo assim partiu para a Europa em busca de novas oportunidades, encontrando na Alemanha interessados na compra do produto. Em 2000 começou a exportar mel.

“Eu consegui recuperar a empresa e o patrimônio que havia entregado aos credores. Hoje a empresa tem 70% do faturamento vindo das exportações”, contou o apicultor. Agora ele não produz mais mel e sim compra de outros produtores. “Nós temos um projeto orgânico que pegamos os apicultores e eles precisam seguir alguns requisitos”, disse Castanha.

Como é trabalhar com abelhas?

Agenor sempre foi muito ligado a natureza e disse que até tem escritório, mas preferia trabalhar no meio do mato. Trabalhou pouco tempo ligado diretamente a produção de mel, mas deu tempo para se acostumar com as picadas, que segundo ele, podem trazer problemas para quem é alérgico.

“Não é difícil, mas não é tão fácil. O apicultor sofre muito, principalmente quando vai para o apiário. Vai ter que colocar fumaça, para as abelhas não ficarem tão agressivas. Quando elas recebem fumaça começam a comer grande quantidade de mel e ficam pesadas, então ficam mais lentas”, disse.

Produzir mel é coisa séria e existe uma padronização mundial em relação a caixa onde ficam as abelhas. A produção é bem elaborada, com a constante mudança de local das colmeias. “Em Içara nós temos uma associação, e o que tem menos, tem 500 caixas. Eles alugam o terreno e pagam uma renda para quem tem eucalipto ou floresta”, afirmou.

Existem mais de 700 tipos de abelhas na América do Sul e de acordo com ele, as africanas são mais agressivas, resistentes a doenças e produzem mais. Em um ano bom uma colmeia pode produzir entre 45 kg e 50 kg. Somente a Minamel exporta em torno de 2,6 mil toneladas de mel por ano.

O segredo para o sucesso

“Eu sempre digo que precisa ter pulso, mão fechada e trabalho, trabalho e trabalho. Se consegue alguma coisa com trabalho. Esses empresários, eles não trabalham oito horas, eles trabalham até em casa”, afirmou. “Eu sempre digo para a juventude que precisam ser sonhadores, mas não vem de graça”, concluiu.

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