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A guinada do Metropol

Clube sobrevive do amador, mas projeta retorno ao futebol profissional através de projeto na base
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 12/10/2019 - 09:31 Atualizado em 12/10/2019 - 15:25
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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O Metropol projeta um retorno ao futebol profissional, depois de muitos anos sustentando-se como uma das forças do futebol amador da região. Manter o clube na ativa e a história de glórias - com um pentacampeonato catarinense em dez anos de existência na década de 60 - no imaginário do criciumense foi uma tarefa que exigiu empenho dos apaixonados pelo clube.

Uma das pessoas que contribuiu muito para que o Metropol conseguisse manter as atividades até 2019, 60 anos depois de se profissionalizar e há 50 anos atuando apenas no futebol amador, é Keko Salvaro, atualmente presidente do conselho fiscal do clube. Ele foi o presidente do Metropol durante 38 anos.

“A gente ficou por causa da paixão. Lembro do Metropol desde 1966, quando eu tinha seis anos e já gostava de futebol. Lembro muito do título de 1969, aquilo ficou na mente. Depois que deixou de ser profissional, continuou o clube com outro presidente. Dez anos depois me convidaram para presidir", relembra Keko, em ato na sede da Acic que marcou o começo de uma exposição recordando as glórias do Metropol

Keko trabalha em conjunto com China, atual presidente do clube, para tentar a guinada e voltar ao futebol profissional. "Chegou um momento que é tão difícil, nós tínhamos 60 times amadores, hoje temos 14. Tá caindo e do jeito que tá vai parar, não existe mais condições de tocar o futebol amador. Minha esperança é resgatar ou parar de vez. O China me deu essa motivação e iniciou esse projeto”, desabafa Keko.

O projeto é investir na categoria de base, através de lei de incentivo do governo Federal, e trabalhar para jogar a Terceirona do Campeonato Catarinense. “Se chegar a disputar um campeonato estadual pra mim tá bom. É possível", afirma Keko.

Dificuldades para manter o clube

Futebol muitas vezes é feito de teimosia. Cada vez é mais difícil manter as atividades, especialmente com a chamada elitização do esporte. Keko relembra o que teve que fazer para manter o futebol de nível amador na região, arcando com gastos, inclusive, do próprio bolso. “Cuidar do gramado, das dependências, puxar dinheiro do bolso para manter. Eu sou assalariado, sou mineiro, mas era obrigado a puxar dinheiro, não conseguíamos manter o futebol. De 2011 para cá, fizemos a escritura do campo, temos mais IPTU para pagar".

Vontade, briga e persistência, tudo para não deixar o sonho morrer. “Briguei até com a mulher e ainda hoje sou muito criticado, ‘por que não larga o Metropol?’. Fiz eleições, mas ninguém quer pegar, porque sabem que é uma bronca”, avalia Keko.

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