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A coleta seletiva como alternativa

Criciúma recolhe 4 mil toneladas de lixo por mês. De recicláveis, são apenas 100
Por Vanessa Amando Criciúma, SC, 28/03/2019 - 10:59
Foto: Daniel Búrigo/A Tribuna
Foto: Daniel Búrigo/A Tribuna

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Pequenas atitudes no dia-a-dia, às vezes em casa mesmo ou no trabalho, também são consideradas iniciativas sustentáveis e podem fazer a diferença para o Meio Ambiente. Substituir copos, talheres e canudos plásticos descartáveis por materiais reutilizáveis, como vidro, inox ou plástico resistente, pode salvar a vida de inúmeros animais, principalmente marinhos. A troca de sacolas plásticas, ao ir ao supermercado, por sacolas de tecido ou outro material reutilizável, também. Para quem acha isto difícil, tem ainda a coleta seletiva para destinar corretamente estes resíduos. Então, o que você está fazendo para salvar o planeta?

Em Criciúma, a Coleta Seletiva Solidária ocorre em cerca de 70 bairros, o que representa em torno de 60% da cidade. Ela atende casas, edifícios, condomínios, lojas, empresas, enfim, todo tipo de imóvel localizado nos bairros contemplados. Mesmo assim, enquanto o Município recolhe, por mês, aproximadamente quatro mil toneladas de lixo (orgânico e rejeitos), são coletadas apenas 100 toneladas de resíduos recicláveis a cada mês.

De acordo com o gestor do Fundo de Saneamento Básico (Funsab) da cidade, Luiz Juventino Selva, os números são tão desiguais porque, infelizmente, ainda falta conscientização de muitas pessoas. “A Coleta Seletiva começou em 2002 ou 2003 e, desde o início, foram feitas várias palestras, reuniões nos prédios, equipes da Prefeitura foram de casa em casa para informar os moradores. Surtiu efeito, mas ainda estamos longe do ideal”, afirma.

Por isto, segundo Selva, as ações educativas continuam. “As palestras nas escolas, reuniões em condomínios e visitas nas residências também continuam, o lado educativo ainda é muito importante. Também estamos produzindo um panfleto atualizado que será distribuído para todos”, destaca o gestor.

Para onde vão os resíduos?

Dentro do possível, a maior parte dos resíduos sólidos recolhidos através da Coleta Seletiva Solidária é entregue para a Associação Criciumense de Catadores (Acrica). No entanto, conforme Selva, ela não tem capacidade de processar todo o lixo reciclável que é coletado, então uma parte é distribuída para cooperativas de municípios vizinhos, principalmente Içara.

“Hoje, falta espaço, equipamentos e, principalmente, pessoas para fazer o processamento dos resíduos coletados em Criciúma. Vale lembrar que o Município faz a coleta, mas não tem responsabilidade sobre a cooperativa”, ressalta Selva. As cooperativas de catadores são formadas por pessoas que tem interesse em trabalhar com este tipo de material. Elas se reúnem, criam a cooperativa e administram o processamento (separação) dos resíduos. Uma vez separado, ele é vendido e o lucro é distribuído entre os cooperados.

Há, ainda, o Ecoponto, criado para destinar corretamente entulhos que não podem ser descartados no lixo comum por conta do grande volume ou conteúdo tóxico. Pneus, móveis, eletrodomésticos, pilhas e óleo de cozinha são alguns exemplos dos produtos que podem ser depositados no local. Administrado pela Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri), o Ecoponto fica localizado na Rodovia Jorge Lacerda, 900, no bairro Sangão.

Investimentos para o futuro

Mesmo com todo o trabalho que é feito, o gestor do Funsab reconhece que a coleta seletiva poderia ser ainda melhor. “O Município já está pensando nisso. Vamos construir um novo pavilhão para abrigar as cooperativas, investir em equipamentos e incentivar a criação de novas cooperativas. Estamos para lançar a licitação do pavilhão, pois a nossa meta é concluir isso ainda nesse ano”, adianta Selva.

Ele lembra, ainda, que a coleta seletiva custa bem mais para o Poder Público do que o recolhimento do lixo normal. Mesmo assim, a Administração Municipal pensa em investir ainda mais neste setor e projeta, a longo prazo, uma administração melhor dos resíduos orgânicos. Atualmente, eles não têm destinação correta e são descartados junto a outros rejeitos, mas a prefeitura pensa em alternativas para coletar o lixo orgânico e levar para algum local adequado onde possa ser feita a compostagem, como já acontece em alguns municípios.

“O Governo tem esse pensamento de preservação do Meio Ambiente. Além disso, a reciclagem de resíduos possibilita a volta à cadeia produtiva de alguns materiais, como vidro, plástico, papelão. E tem também a questão da oportunidade de trabalho e renda para as pessoas”, conclui Selva.

Informações sobre dias, horários e bairros onde há coleta seletiva podem ser obtidas no site www.famcri.sc.gov.br.

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