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O meia Jonatha Robert vive um dos momentos mais marcantes de sua carreira. Autor do gol da vitória do Criciúma na última rodada da Série B, o jogador falou com emoção sobre a fase do time, a superação pessoal após seguidas lesões e o apoio da família, especialmente do pai, Múcio Alves da Silva Júnior.
Com o Tigre na briga direta pelo acesso à Série A, o meia reforçou o foco do elenco nas duas partidas finais da competição.
“Acho que o grupo está motivado, sabe o que tem que fazer. A gente tem que fazer a nossa parte, independente do que vai acontecer nos outros jogos. Primeiro focar no Botafogo, depois no Cuiabá. Fazendo a nossa parte, temos uma grande chance de subir. Não temos que torcer pra ninguém, temos que fazer o nosso trabalho”, afirmou o meia.
Jonatha Robert também explicou o lance do gol marcado, contra o Atlético-GO, após passe de Fellipe Mateus, em um jogo truncado e de poucas oportunidades.
“Eu sei que o Felipe é um grande jogador, tem um bom passe. Assim que ele pegou na bola, eu só pensei em correr, fazer o facão. Estava muito cansado, mas o passe dele foi perfeito. Eu sempre digo que 90% do gol foi dele. Eu só finalizei e agradeci muito a ele pela assistência”, contou.
Durante a entrevista, o atleta se emocionou ao lembrar do período em que pensou em desistir do futebol por conta das lesões.
“Teve um dia que saí da sala do médico chorando e disse pro meu pai que não dava mais. Mas hoje vivo uma grande fase. O que eu diria pro Jonatha Robert daquele tempo é pra continuar. Segui o conselho da minha família e graças a Deus estou aqui, colhendo os frutos".
JR se emocionou ao falar sobre o pai.
“Meu pai foi tudo pra mim. Ele nunca deixou faltar nada, mesmo com dificuldade. Foi ele que me incentivou, que me levava pra todos os treinos e jogos. Eu devo tudo a ele e à minha mãe. Ele sempre dizia que era melhor do que eu, que eu não amarrava a chuteira dele”, brincou. “Tem uma música que ele ama, Pais e Filhos, do Legião Urbana. Quando toca, ele canta e grita meu nome e do meu irmão. É um momento muito emocionante pra ele e pra mim também", revela.
O meia também demonstrou gratidão ao técnico Eduardo Baptista.
“Abracei ele e agradeci pela oportunidade. Eu precisava disso. Ele confiou em mim, assim como a direção e o presidente. Eu só queria jogar, mostrar meu futebol e ajudar o time. Graças a Deus estou conseguindo retribuir".
Jonatha Robert destacou ainda o ambiente do grupo carvoeiro, considerado por ele o melhor da carreira.
“Esse é o melhor grupo que eu já trabalhei. Ninguém solta a mão de ninguém, todo mundo se apoia. Muitas vezes é o grupo que faz uma equipe vencedora. Aqui é assim, independente se está jogando ou não, todo mundo está junto".
Com duas rodadas restantes, o foco agora é total no confronto contra o Botafogo-SP, antes da decisão diante do Cuiabá.
“A gente não pode pensar em outras coisas. Claro que acompanha o que acontece, mas o pensamento é no próximo jogo. Se pudesse jogar segunda, terça e quarta, eu jogava. A cabeça já está no Botafogo, porque sem vencer eles a gente não chega lá. Depois, sim, pensamos no Cuiabá. Vai dar certo”, finalizou.
