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Inveja é um problema de quem tem

Por Débora Zanini 19/10/2022 - 07:00

A reflexão de hoje é sobre a inveja.

Estava eu lendo coisas aleatórias, quando me deparei com a parábola da serpente e do vaga-lume.

Vou resumi-la:

Era uma vez uma cobra que perseguia um vaga-lume, dias a fio.

Já sem forças para fugir, o vaga-lume, antes de ser devorado, pediu à cobra o direito de lhe fazer três perguntas. A serpente consentiu.

Indagou o vaga-lume:

– Pertenço à sua cadeia alimentar?

– Não. Respondeu a cobra.

- Te fiz alguma coisa?

– Não. Disse a cobra.

– Então, por que você quer me devorar?

E a cobra respondeu: – Porque eu NÃO suporto ver você BRILHAR!!

Que sentimento horrível, não?

Dos sete pecados capitais (gula, avareza, luxúria, ira, inveja, preguiça e orgulho), classifico a inveja como um dos piores, talvez o pior de todos eles.

E o mais curioso é que o invejoso nada mais é senão um grande admirador do invejado.

O invejoso quer ter aquilo que o invejado tem: sua aparência, sua personalidade, sua inteligência, seu emprego, sua vida.

Em outras palavras: o invejoso quer SER o invejado. E, como não consegue, passa a odiá-lo.

Sempre que me deparo com a inveja, lembro do filme italiano "Malena", estrelado pela maravilhosa Mônica Belucci e dirigido por Giuseppe Tornatore.

A história se passa em 1941, em uma pequena vila da Sicília.

Malena é a mulher mais bonita do local. Realmente lindíssima, admirada por todos os homens do lugarejo. Sua beleza desperta, nas outras mulheres da cidade, uma inveja cruel e pecaminosa.

A trama se desenrola e, em um dado momento, um grupo de mulheres descontroladas pela inveja retiram Malena de casa, arrastando-a pelos cabelos até a praça pública.

Ato contínuo, iniciam um verdadeiro massacre: espancam Malena covardemente, rasgam suas roupas e cortam seus cabelos rente à cabeça, com a população assistindo inerte ao atroz ato.

Após o espancamento, Malena vai embora, banida da vila.

Anos depois, retorna ela à cidadezinha, acompanhada do marido mutilado, egresso da guerra.

Malena estava cabisbaixa, menos segura, não tinha mais o andar confiante.

Ao avistar a moça, aquele grupo de invejosas que anos atrás haviam espancado Malena, comentaram FELIZES que a rival não era mais a mesma: estava com rugas e havia engordado.

Realizada essa constatação, foram simpáticas com Malena. Passaram a cumprimentá-la e a tratá-la com cordialidade, como se nunca tivessem praticado qualquer covardia contra ela.

Incrível, não é mesmo?

Espero que o Universo nos livre para sempre desse sentimento.

E não esqueçam: Quem tem luz própria só incomoda quem está no escuro.

Concordam? Contem pra nós.

Abraços e até semana que vem.

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