Os deuses da bola atacaram novamente ontem.
Mais de 90% dos apaixonados por futebol apostavam na vitória do melhor time do mundo o atual campeão da Champions League, com um elenco milionário e um futebol envolvente.
Mas o Botafogo, campeão da Libertadores, não se intimidou. Acreditou. Lutou.
Entrou em campo com espírito de decisão, fez um jogo memorável no aspecto defensivo. Soube sofrer, encurtou espaços, pressionou com intensidade, e teve um meio-campo combativo, agressivo na marcação.
Foi um Botafogo cirúrgico.
A estratégia de Renato Paiva funcionou: marcar em bloco baixo, recuperar a bola e acelerar na transição.
E o gol foi uma pintura coletiva:
Marlon Freitas (ex-Criciúma) rouba a bola com precisão, entrega para o camisa 10, Savarino, que como um verdadeiro garçom, serve um passe de cinema — uma tacada de golfe perfeita, no espaço vazio.
Igor Jesus arranca, deixa a defesa na saudade, e finaliza com frieza.
A bola, lentamente, balança as redes. E faz explodir o coração do torcedor brasileiro.
Foi o suficiente para reacender o sentimento de pertencimento:
Somos o país do futebol.
Uma vitória eterna.
Um Botafogo gigante diante de um dos melhores clubes do planeta.
Isso é futebol, meus amigos.
Que momento!