O confronto desta noite entre Paysandu e Criciúma, em Belém, carrega um peso que vai muito além dos três pontos. É, sem exagero, um jogo de sobrevivência. As duas equipes ocupam as últimas posições da Série B e vivem um momento de extrema pressão dentro e fora de campo.
O Tigre atravessa sua pior fase desde 2020. A campanha irregular, as atuações apáticas e a falta de respostas concretas dentro das quatro linhas transformaram o ambiente em um verdadeiro caldeirão de críticas. A atual gestão, que vem sendo questionada por decisões administrativas e estratégicas, também está no centro das cobranças da torcida.
Mas é dentro de campo que as soluções precisam aparecer. Sob o comando de Eduardo Baptista, o time carvoeiro precisa entregar mais. O momento exige organização tática, melhora de performance, intensidade, raça e — acima de tudo — fome de vitória. O Criciúma precisa de um elenco que represente o espírito do seu torcedor.
O adversário da vez é o Paysandu, o tradicional Papão da Curuzu. Atuando em casa, com estádio cheio e apoio de sua apaixonada torcida, o clube paraense também encara o duelo como uma decisão. É o encontro entre o lanterna e o vice-lanterna da Série B, um verdadeiro choque de desesperados.
Será um jogo nervoso, de alto risco, onde cada erro pode custar caro. A equipe que souber controlar melhor o emocional, for mais precisa nas oportunidades e errar menos, tem grandes chances de sair vencedora.