O momento atual do Tigre exige prudência e decisões assertivas. O clube vive uma encruzilhada: reforçar o elenco com três ou quatro peças de bom nível para ampliar as opções do técnico Eduardo Batista, ou manter as finanças sob controle e permanecer na Série B?
Desde a chegada do executivo Ítalo Rodrigues, do técnico Eduardo Batista e de alguns reforços pontuais, o clube parece ter reencontrado o rumo. Dentro de campo, os resultados melhoraram, o desempenho evoluiu e o Tigre voltou a olhar para a parte de cima da tabela. No entanto, fora de campo, os bastidores voltam a ferver.
O estopim foi uma cobrança direta de Eduardo Batista à diretoria. Ele quer clareza: qual é, afinal, o objetivo do clube na temporada? Acesso à Série A ou apenas permanência na B?
O Criciúma ainda sofre os reflexos das más escolhas feitas no início de 2025. Contratações que não renderam, jogadores sem o perfil adequado ao clube e negociações mal conduzidas resultaram em um prejuízo superior a R$ 6 milhões — entre luvas, empréstimos e comissões. Um investimento mal feito, que agora cobra a conta.
No cenário atual, o ideal seria a captação de novas fontes de receita — algo em torno de R$ 5 milhões — para viabilizar reforços de bom nível , ampliar o poder ofensivo da equipe e dar mais opções ao treinador. Isso permitiria brigar por títulos como a Copa SC, que garante vaga na Copa do Brasil, além de mirar com mais força o acesso à Série A — um salto que poderia elevar o orçamento do clube para mais de R$ 100 milhões anuais.
Por enquanto, sabe-se que o Tigre ainda enfrenta dificuldades para fechar o ano no azul. A incógnita segue no ar, e a pergunta que ecoa entre os corredores do Heriberto Hülse é simples, porém decisiva:
“Investir para crescer ou segurar as pontas e sobreviver?”
Como já dizia o velho filósofo:
“Sonhar grande ou sonhar pequeno dá o mesmo trabalho.”
Vamos, Tricolor!