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Luciano Hang adia definição de novela e coloca tramas em espera

Por Upiara Boschi Edição 18/03/2022
Foto: Divulgação
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A política catarinense está cada vez mais parecida com a grande de programação da Rede Globo - e talvez isso ajude a tornar menos surpreendente a presença do jornalista Mario Motta no rol de pré-candidatos. Estamos vivendo uma série de novelas político-partidárias diferentes e exibidas paralelamente. Para esta sexta-feira, estava previsto um capítulo importante da novela da pré-candidatura do empresário Luciano Hang, das Lojas Havan, quando ele anunciaria com quem vai casar na trama eleitoral - ou melhor, a qual partido vai se filiar para continuar apto a concorrer. Pois bem, o capítulo foi mais uma vez adiado.

Em nota, Luciano Hang disse que a suspensão da decisão veio após diversas conversas que aconteceram durante a semana em que houve apelo mais por mais uns dias de articulação antes do desfecho da novela partidária. Não está na nota, mas o triângulo amoroso que envolve o empresário bolsonarista com o Partido Liberal do presidente Jair Bolsonaro e do senador Jorginho Mello e, em outro vértice, o Republicanos da Igreja Universal e do governador Carlos Moisés, ganhou um novo integrante: o Progressistas, do ministro Ciro Nogueira e do senador Esperidião Amin poderia ser a legenda que o empresário procura para apoiar o presidente sem se vincular a uma candidatura a governador.

Ao contrário das novelas globais, as nossas cruzam suas tramas com alguma facilidade. As idas e vindas da novela de Luciano Hang tiveram efeito na conclusão da história da indefinição partidária de Moisés, que acabou no Republicanos - desfecho que gerou a minissérie "O que fará Eron Giordani?". O novo suspense do empresário, que soltou em sua nota um spoiler de que viu "a oportunidade de construir um projeto político ainda melhor para Santa Catarina, pelo Brasil e a favor do presidente Jair Bolsonaro" está fortalecendo outra novela, que pleiteia espaço no horário nobre da política catarinense: "A Voz do Oeste - João Rodrigues de volta ao jogo". 

Tudo deve confluir para uma trama só, mas o que se desenha basicamente é que o prefeito chapecoense João Rodrigues pode fazer o relançamento de sua pré-candidatura a governador caso Luciano Hang não se filie ao Pl de Jorginho Mello e nem ao Republicanos de Moisés. E caso o prefeito da Capital, Gean Loureiro (União Brasil), acene que pode ser vice de sua chapa. Até agora, o pré-candidato do União Brasil tem mostrado dificuldade de conseguir audiência no interior do Estado para sua novela ambientada em Florianópolis. O público reclama das paisagens e do sotaque, apesar da boa direção.

Enquanto isso, com sua produção ambientada na Coxilha Rica, em Lages, mas com cenas externas na São Paulo de Gilberto Kassab, o ex-governador Raimundo Colombo vai tentando provar ao Psd e aliados que pode liderar uma nova candidatura ao governo. Marcou um golaço ao conseguir trazer para o elenco de candidatos a deputado estadual o jornalista Mario Motta, que se despediu do Jornal do Almoço. 

Na frente de esquerda, as novelas estão entrando na segunda fase. A primeira dependia do casting - o senador Dário Berger no Psb, o ex-deputado federal Jorge Boeira no Pdt e Gelson Merisio (entre Pv e Solidariedade) foram escalados para formar o núcleo centrista da composição. Agora falta saber quem protagoniza o palanque do ex-presidente Lula no Estado - o petista raiz Décio Lima ou o neosocialista Dário?

Ainda resta pouco mais de suas semanas para o encerramento do prazo de filiações e renúncias para quem quer ser candidato. Depois, será a vez do arranjo das composição, que termina em agosto. Teremos muitas novelas até lá.

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