Apesar da América do Sul ser considerada o novo epicentro do coronavírus no mundo, com o Brasil sendo a nação mais afetada, dois países se destacam no combate a doença: Paraguai e Uruguai. Juntos, os dois países somam 33 mortes e menos de 2 mil registros de Covid-19 - o que faz com que as flexibilizações começam a vir à tona.

Com 884 casos, 11 mortes e uma taxa de letalidade 1,24%, o Paraguai foi o primeiro país da região a tomar duras medidas restritivas para combate ao novo coronavírus. A quarentena total, com toque de recolher, foi decretada ainda no dia 11 de março, e a capital Assunção ficou literalmente isolada, sem entrada e saída de pessoas.

As duras medidas restritivas tomadas pelo governo paraguaio vieram em razão de uma precária situação sanitária do país, assim como um frágil sistema de saúde que contava com somente 800 leitos de UTI para 7,2 milhões de habitantes. A previsão era de que 15 mil pessoas morressem no país em decorrência do vírus - o que não se concretizou.

Nesta semana, o Paraguai começou a pôr em prática algumas flexibilizações. 83% do seu comércio foi reaberto, novas atividades físicas foram liberadas e o transporte público retornou. No mês que vem, o futebol volta ao país - mas ainda sem público.

Uruguai

São 803 casos, 22 mortes e uma taxa de letalidade de 2,74%. O Uruguai determinou a fechada de fronteiras e decretou a quarentena em 13 de março, quando o país registrou o seu primeiro caso de Covid-19. A quarentena total, no entanto, não foi imposta - mas sim “voluntária”.

O governo contou com a responsabilidade e ajuda da população para que esta se mantivesse em casa, evitando saídas frequentes de casa e aglomerações. Idas ao trabalho, porém, não foram proibidas. Foram os próprios comerciantes que decidiram fechar as suas lojas por conta do vírus.