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Trabalhadores da Canguru protestam por dívida de 20 anos

Credores cobram adicional de periculosidade ainda não pago pela empresa

Por Redação Criciúma, 29/09/2025 - 19:02 Atualizado há quase um minuto

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Um processo trabalhista que se estende há mais de duas décadas mobilizou nesta segunda-feira (data) mais de uma centena de trabalhadores e aposentados da Canguru Embalagens, em Criciúma. Eles cobram o pagamento do adicional de periculosidade, benefício reconhecido judicialmente, mas ainda não quitado pela empresa.

A manifestação teve início em frente à fábrica durante a troca de turnos, seguiu em caminhada até a Imbralit, retornou próximo à Praça da Chaminé, no bairro Próspera, e encerrou novamente diante da sede da Canguru.

Segundo o presidente do Sindicato, Carlos de Cordes, o Dé, o ato também teve como objetivo dar visibilidade ao passivo que envolve mais de 700 empregados. “É uma forma de prestar contas à comunidade da Grande Próspera, aos trabalhadores da Imbralit e à sociedade sobre este passivo da Canguru, que envolve mais de 700 empregados, a maioria aposentados”, disse.

A origem da disputa remonta ao fim dos anos 1990, quando um relatório contratado pela própria empresa concluiu que todos os funcionários, exceto os do setor administrativo, tinham direito ao adicional. O benefício, porém, nunca foi pago. Em 2003, uma cópia do documento chegou ao Sindicato, que ingressou com ação coletiva.

O processo transitou em julgado em 2014 e, no ano seguinte, a Justiça determinou o pagamento de 30% a mais nos salários. Nesse período, a Canguru entrou em Recuperação Judicial, e a dívida trabalhista passou para a fase de execução, sem conclusão até hoje. “A empresa usa todos os meios para postergar e não paga o débito, que é milionário”, afirma Dé.

Os trabalhadores rejeitaram propostas consideradas insuficientes, a última, realizada em 2023, previa quitar apenas 55% da dívida e decidiram retomar as manifestações públicas. “Muitos credores estão aposentados e dependem da conclusão do processo para rever benefícios no INSS e receber valores sonegados”, destacou o sindicalista.

De acordo com ele, o ato desta segunda-feira foi o primeiro de uma série de mobilizações que devem ser intensificadas nas próximas semanas. “Vamos avaliar este ato e preparar novas ações, com ainda mais participantes”, finalizou.

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