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“Toque Retal e PSA não devem ser feitos com tanta frequência”

Mês de novembro é voltado para as necessidades dos homens nas unidades de saúde
Por Clara Floriano Criciúma - SC, 09/11/2017 - 11:44 Atualizado em 09/11/2017 - 11:59

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A Campanha Viva Mais traz neste mês entrevistas voltados à conscientização sobre a saúde do homem em alusão ao Novembro Azul. Desta vez, o programa Ponto Final trouxe uma entrevista com a coordenadora da Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde de Criciúma e medica especialista em família e comunidade, Flávia Henrique, que falou sobre como funciona a campanha mundial nas Unidades Básicas de Saúde do município.

“Esse é um mês bastante especial pra gente, pois estamos atendendo com um olhar diferenciado o homem. Com base na Política Nacional de Saúde, a gente desenvolve uma série de ações nas Unidades Básicas de Saúde. Muitas vezes os homens são meio receosos e as unidade acabam se voltando a saúde da mulher e da criança, mas em novembro voltamos os atendimentos para as necessidades deles”, comentou.

De acordo com Flávia, além do câncer de próstata, os homens sofrem com doenças cardiovasculares, hipertensão e diabetes. “Geralmente eles mesmos negligenciam essas situações, até que chega uma certa idade e ai voltam a procurar as unidades de saúde, quando estão acima dos 60 anos e muitas vezes essa doenças já estão em estágio avançado”, revelou.

A médica falou sobre o exame de toque e o PSA, que causam certa apreensão nos homens. “Há mais ou menos um cinco anos o Ministério da Saúde já não preconiza o exame de toque e o PSA como exames de rastreio. Então se o homem está tendo um sintoma, aí sim se faz os exames. Se não tem sintomas os exames não devem ser utilizado, porque fazem mal na medida que em função deles se faz um monte de falsos diagnósticos. A hiperplasia prostática pode acabar sendo tratada como câncer o que pode submeter o homem a exames e tratamentos desnecessários”, contou.

Flávia também falou sobre a baixa procura dos homens por unidades básicas de saúde. “Principalmente os homens pra qual essa campanha é voltada, que são os de 20 à 59 anos. Por isso nesse mês temos ações voltadas a eles”, explicou.

Doenças Sexualmente Transmissíveis

Um problema que vem crescendo bastante e que preocupa profissionais na área da saúde. “Os números são bem preocupantes. A gente tem bastante casos de sífilis e sífilis congênita. A gonorreia também é bem preocupante e o HIV também tem aumentado. O mais importante é que a população saiba que as Unidades Básicas de Saúde oferecem os testes rápidos, que são cientificamente seguros e fazem o diagnostico no mesmo momento”, lembrou.

Segundo Flávia, é difícil falar em números, já que o percentual de diagnósticos está aumento. “Antes não é que era pouco, é que a gente não sabia, mas hoje estamos aumentando os diagnósticos porque estamos garantindo o acesso. Estamos oferecendo também o tratamento”, esclareceu.

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