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Setor de eventos continua "respirando por aparelhos"

Na região da Associação dos Municípios do Extremo Sul, somando todos os profissionais envolvidos, o prejuízo chega a R$ 10 milhões
Por Gregório Silveira Araranguá, SC, 15/10/2020 - 17:28 Atualizado em 15/10/2020 - 17:44
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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Um dos setores mas prejudicados pelas restrições impostas pelo governo catarinense no combate ao coronavírus é o de eventos. Desde março a atividade paralisou 100%.

Somente em Araranguá no extremo sul do estado, em menos de oito meses o prejuízo já ultrapassa os R$ 4 milhões. Em nível de Associação dos Municípios do Extremo Sul de Santa Catarina (Amesc) essa conta sobe para R$ 10 milhões de reais. O cálculo envolve todos os setores que lucram com a realização de um evento, como os de iluminação e sonorização, além dos próprios músicos, por exemplo.
"Para se ter uma ideia o faturamento bruto de uma casa com movimento considerado bom, pode chegar a R$ 200 mil/mês", afirma Everson Cardoso, advogado do setor de eventos de Araranguá e região.   

Everson ainda afirma que o pior é o impacto social causado pelo paralisação do setor. "Temos muitos profissionais envolvidos com o setor de eventos. Eles vão desde o músico até o segurança. Seguramente podemos afirmar que até o momento na Amesc foram cortados mil empregos diretos e 5 mil indiretos. A situação é ainda mais triste se pensarmos que em muitos dos casos esse era o ganho que sustentava a família."

Os empresários ainda estão tentando sensibilizar o governo para que os eventos voltem a fazer parte do estado e da região. "Somos conscientes e iremos fazer tudo dentro das normas sanitárias e protocolos exigidos. O que estamos pedindo é que tenhamos também nossa oportunidade assim como outros setores. São muitas família envolvidas. Temos que chegar a um acordo, não adianta brigar na justiça. Tudo é questão de bom censo. Todos precisam trabalhar", encerra Everson. 


Protesto em Criciúma
A intenção era fazer uma carreata, mas conforme o integrante do setor de eventos, Hemerson Machado, a situação é tão complicada que eles optaram por uma caminhada em protesto à não liberação do funcionamento do ramo devido à pandemia. “A situação do setor é tão difícil que as pessoas não tem dinheiro para fazer carreata. Daria em torno de 400 carros, mas muitos não tem dinheiro para abastecer, muitos com o documento do carro atrasado, então o pessoal dos eventos está sentindo financeiramente bastante”, fala.

A nova manifestação acontece às 16h do próximo domingo, 18, partindo do Parque das Nações, no bairro Próspera. “Vamos concentrar o povo novamente, semelhante ao primeiro movimento e estamos convidando pessoas de outras cidades para fazerem também”, diz.

Realidade
Machado revela que a perspectiva é que a metade das casas não abre mais. “São sete meses é complicado de manter as despesas. As demissões estão acontecendo quase que diariamente porque os benefícios, as suspensões de contrato estão acabando e não tem outra alternativa. Existem profissionais que não foram demitidos porque o patrão não tem como pagar a saída dele”, finaliza.

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