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Self checkout está em três supermercados de Criciúma e vira tendência na região

Máquina em que os próprios clientes passam os produtos existe na cidade desde 2018, mas foi implementado no Centro no mês passado
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 12/03/2020 - 10:15 Atualizado em 12/03/2020 - 10:16
Gerente da loja explica como funciona a máquina (Fotos: Heitor Araujo)
Gerente da loja explica como funciona a máquina (Fotos: Heitor Araujo)

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Tendência do ramo supermercadista, as máquinas de self chekout - em que o próprio cliente passa, paga e ensacola os produtos, excluindo assim a necessidade de um empregado de caixa - vão ganhando espaço em Criciúma e região. Na cidade, pelo menos três empresas usam a nova tecnologia, já costumeira no exterior e presente com força em outras regiões do país e do estado. A evolução empolga clientes em busca de diminuir tempo nas lojas e supermercadistas que visam diminuir as filas, mas preocupa a classe trabalhadora, com o medo da perda de vagas de empregos no setor.

No último mês, pela primeira vez uma grande loja supermercadista do Centro de Criciúma implementou o serviço, com seis máquinas em que o próprio cliente realiza as operações. A tecnologia é empregada no município desde 2018, em outra rede que atende regiões mais periféricas da cidade. De acordo com o  vice presidente Regional Sul da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), Nazareno Dornelles, o serviço deve abranger novas lojas e cidades no Sul catarinense.

"É uma tendência que esse serviço se estenda a outras lojas da região. Os supermercados tendem a usar bastante a inovação e tecnologia, esse é o caminho. Os tempos e os hábitos de consumo são outros, os clientes estão com menos tempo e os supermercados oferecem esses serviços para maior agilidade e comodidade", explicou.

Em um supermercado da Próspera, onde a máquina de self checkout está em operação há dois anos, a estimativa da gerência é de que, diariamente, 400 dos quase 2,5 mil clientes passem as próprias compras, nas duas máquinas disponibilizadas pela loja. Eduardo Fernandes, 23 anos, é um dos clientes que opta pelo serviço, mesmo em um horário de menor movimento no supermercado.

"Procuro sempre usar a máquina, as compras médias eu costumo passar sempre aqui, uso no débito e passo direto. É muito mais rápido, tem menos fila. Não me importo de ter que passar os produtos e empacotar", diz. Geralmente, o público jovem é mais receptivo às mudanças e acaba usando mais a tecnologia. "As pessoas mais velhas geralmente têm mais dificuldades, teve uma senhora que pediu para eu ajudá-la a usar, passou os produtos e na hora de pagar me deu uma nota de R$ 50, só que a máquina aceita apenas cartão", conta o gerente da loja, Bruno Miguel Fernandes.

Caixa é muito utilizado para passagem de compras pequenas

Eduardo, o cliente, conta que também já teve problemas com a máquina, mas admite que foi causado, possivelmente, por mau uso. Ele projeta que os consumidores cada vez mais tenham à diposição o self checkout. "Acredito que no futuro a tendência é infelizmente ter menos mão de obra e mais tecnologia", aponta.

Essa é uma das preocupações que o uso da tecnologia traz. O vice-presidente da Acats nega que o setor possa passar por demissões ou até que diminua custos de operação com as máquinas do self checkout. No entanto, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Criciúma, Gelson Gonçalves, projeta que possa haver diminuição de vagas de emprego, seja com futuras demissões ou a não reposição de funcionários que peçam para sair. 

"Já tem em várias empresas de fora que usam essa tecnologia, como acontece em Florianópolis em um supermercado que há mais de ano tem o caixa automático. Assim vai indo. A tendência acho que é essa, do uso desses caixas. Nos Estados Unidos não tem ninguém para atender nos postos de gasolina, por exemplo. Isso também pode chegar aqui. Acaba sendo menos empregados e mais lucros para a empresa", afirma. Ele conclui que até o momento o reflexo de uma possível queda do número de empregos não foi sentido na região. "Por enquanto não tem nada, mas pode ocasionar em caixas demitidos no futuro".

Por outro lado, a Acats mostra-se entusiasmada com o uso da tecnologia. "A Acats prestigia, concorda e incentiva para que os supermercados empreguem esse serviço para os consumidores, para dar mais agilidade e conforto para os consumidores", concluiu Nazareno. 

Máquina tem sistema de balança para evitar fraudes

A máquina

No interior da loja ao lado dos caixas tradicionais, as máquinas de self checkout estão distribuídas no mesmo ambiente. O cliente, geralmente com a cestinha, coloca os produtos em uma bancada ao lado do sistema leitor do código de barras. Em uma tela de toque, ele solicita o início do serviço. Então, passa um produto pelo leitor e o coloca em outra bancada, ao lado esquerdo, onde está uma balança.

O código de barras indica o peso do produto e a máquina só libera para que um novo produto seja passado pelo leitor quando a balança marca o peso do produto passado anteriormente. Esse é um mecanismo anti-fraude do sistema. Ao término da operação de passar os códigos de barras, o cliente faz o pagamento com o cartão, ensacola os produtos e libera a máquina para o próximo. 

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