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Se não houver isolamento, uma pessoa pode transmitir o vírus para outras oito

Pneumologista Renato Matos se mostrou preocupado com movimentação na cidade e afirma: "sem isolamento, uma pessoa pode transmitir o vírus para outras oito"
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 01/04/2020 - 08:56 Atualizado em 01/04/2020 - 08:57
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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Um dia antes da primeira morte - muito possivelmente - de Covid-19 em Criciúma, de um empresário de 73 anos, a região central da cidade estava movimentada. A situação foi flagrada pela reportagem do Portal 4oito no meio da tarde de terça-feira. O município, quarto mais atingido pelo coronavírus em Santa Catarina, segue com o decreto de suspensão das atividades comerciais e a recomendação de que as pessoas não saiam de casa. No entanto, há a preocupação de que a mensagem ainda não tenha sido assimilada por parcela da população. Um infectado circulando pela cidade pode passar o vírus para até oito pessoas,;

O pneumologista Renato Matos, especialista consultado pelo Portal e pela Rádio Som Maior desde o começo da crise do vírus na cidade, mostra-se preocupado com o fluxo de pessoas na área central. 

"É extremamente preocupante. Sem isolamento a pessoa infecta de seis a oito pessoas. Uma pandemia começa a reduzir quando a pessoa infecta menos do que uma. Essa é a função do isolamento, reduzir a propagação do vírus. Infelizmente boa parte da população ainda não se deu conta disso. Não é só o governo que tem papel nessa situação. A pessoa que sabendo o momento, não aceita o isolamento, está correndo risco de levar o vírus para a sua casa e ser responsável por casos graves e mortes", aponta.

O médico reforça a necessidade das políticas públicas para as pessoas que precisam, mas entende que há muita gente de melhor poder aquisitivo nas ruas sem necessidade. Ele relembra os casos que servem de exemplo para o Brasil, como a Itália, que teve dificuldades iniciais no isolamento social e hoje tem mais de 12,4 mil mortes de Covid-19. 

"Tivemos a situação privilegiada de ser precedido por países que nos identificamos, Itália, França, Espanha e Estados Unidos, a própria China, que deixa claro que a situação é extremamente grave. Estamos no comecinho. Essa morte que nós lamentamos certamente vai se multiplicar muito. Ainda temos situação tranquila porque as medidas adequadas foram tomadas. A partir do momento em que as pessoas não obedeçam esse isolamento, as pessoas vão levar o vírus pra casa", afirma.

Mesmo que considere a situação tranquila no sistema de saúde da região, Renato mantém o alerta ligado para a propagação do vírus, especialmente com a dificuldade de testar quem é ou não positivo. "Já temos um número razoável de casos. Quando falamos em 252 casos, não estamos falando nesse número de casos, estamos falando de casos graves. Hoje só se faz exame em pacientes graves, na imensa maioria. Ninguém faz exame em quem não necessita de internação", conclui.

Tags: coronavírus

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