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Relacionamentos amorosos e abertos em pauta no Avesso

Psicólogos Abel Dimmer e Ananda Figueiredo falaram sobre temas polêmicos que compõem um relacionamento
Por Paulo Monteiro Criciúma, SC, 31/10/2019 - 17:10
Foto: Amanda Farias / 4oito
Foto: Amanda Farias / 4oito

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Relacionamentos que se resumem a somente duas pessoas já não são os únicos que pautam a nossa sociedade - e o relacionamento aberto está aí para provar isso. Para falar sobre esse assunto tão polêmico, traição e outras questões presentes nas relações pessoais, o Programa Do Avesso recebeu nesta quinta-feira, 31, os psicólogos Ananda Figueiredo e Abel Dimmer Rick.

“A traição está muito mais atrelada a uma história social do amor romântico, que vai produzindo na gente essa ideia fantasiosa da fidelidade da monogamia, sendo que, em essência, nós não somos monogâmicos. Tem uma construção cultural que nos diz que precisamos ser monogâmicos, é aí que a gente subverte isso e traímos”, explicou Ananda.

Ananda destaca que a infidelidade sempre esteve junta da história da humanidade, muito antes do século XIX. Mesmo que contássemos sempre o conto da monogamia, do amor e do sexo juntos, a infidelidade já existia.

Segundo Abel, o conceito de traição é muito particular e pode diferir de relação para relação, tendo cada caso as suas próprias particularidades. “Tem casais que se mantém muito bem e isso auxilia na estruturação da relação do casal a uma relação extraconjugal, uma terceira ou quarta pessoa”, comentou o psicólogo.

E o amor romântico, estabelecido há tantas décadas, também é responsável por passar um “direito” de posse, em que uma pessoa pode controlar a outra metade - o que pode ir destruindo um amor aos poucos. “É a lógica do amor como produto, as pessoas são compráveis, o amor é comprável. Historicamente, o amor vem sendo relacionado dentro do casamento a pouco tempo. Antes era um contrato, muito mais financeiro do que afetivo”, afirmou Abel.

O perdão, em casos de traição, também acaba sendo muito relativo. Segundo os psicólogos, esse ato depende não só de pessoa para pessoa, como também de fatores como contexto, história do relacionamento, de como o fato foi comunicado e do quanto você está disponível para confiar no outro - confiança essa, que é uma construção que demanda tempo.

Os psicólogos afirmam que há uma pressão social quando o assunto é relacionamento, pressões como “tem que casar antes dos 30” ou “precisa de alguém para ser feliz” faz com que pessoas busquem relacionamentos que nem eles mesmos gostariam realmente de estar. “O choque no caso do sucesso da segunda relação vem da ideia de que qualquer relacionamento é feliz e tem que ser pra sempre. Mas os relacionamentos não são felizes e, sobretudo não precisa ser pra sempre”, concluiu Ananda.
 

Tags: do avesso

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