Já faz quase três meses que Criciúma vacinou a sua primeira moradora contra a Covid-19. De lá para cá, milhares de pessoas já receberam a primeira dose do imunizante, mas, mesmo assim, o processo de vacinação ainda gera inúmeras dúvidas por parte da população.

Atualmente, Criciúma está sem estoque de vacinas, tanto Astrazeneca quanto Coronavac, para aplicação da primeira dose. Sendo assim, idosos com 65 e 66 anos que ainda não receberam uma dose do imunizante, precisam aguardar o chamamento dos profissionais de saúde.

No entanto, idosos moradores da região central de Criciúma que receberam a primeira dose da vacina Coronavac até o dia 23 ou 24 de março precisam ir até o estádio Heriberto Hülse nesta terça para receber a segunda aplicação. De acordo com a chefe do setor de Imunização da Secretaria de Saúde de Criciúma, Kelli Barp Zanette, centenas de pessoas deixaram de receber a segunda dose nesta segunda-feira porque não atenderam às ligações ou compareceram ao local.

Em entrevista ao programa Adelor Lessa desta terça, Kelli tirou algumas dúvidas em relação a vacinação contra a Covid-19 em Criciúma.

Há uma projeção de quando determinada faixa etária poderá ser vacinada?

“A vacinação sempre depende do quantitativo [de doses da vacina] que recebemos. Lembrando que já recebemos em grupos de família um calendário com logo da Prefeitura informando idades e data para vacinação, mas isso não é verídico. A gente não tem esse calendário, porque não temos como fazer previsão, não temos quantitativo exato de vacinas que receberemos a cada lote”, destacou Kelli.

O que acontece quando sobram vacinas?

“O Frasco da Coronavac e Astrazeneca, após abertura, tem horas de validade. Geralmente a gente marca uma ação [de vacinação] até 21h e vamos até 22h, 23h chamando idosos para que venham até o local onde estamos vacinando, para que nenhuma dose seja desperdiçada. Fazemos de tudo, uma força tarefa, para que não seja desperdiçada”, pontuou a chefe da Imunização.

Kelli destaca ainda que, nesses casos em que é necessário aplicar a vacina antes que acabe a sua validade, a faixa etária não é abaixada. Sendo assim, os profissionais de saúde trabalham para conseguir encontrar idosos com a idade que está sendo atendida para que não haja injustiça com os demais.

“Tentamos esgotar todas as possibilidades. Olhamos no cadastro Minha Vacina, verificamos a unidade em que estamos e não baixamos a faixa etária para não cometer injustiças com ninguém e ocorrer fura-fila”, disse.

Vacinação no Estádio Heriberto Hülse somente para moradores do centro

Kelli ressalta ainda que o pátio do Estádio Heriberto Hülse é uma extensão da Unidade Básica de Saúde do Centro. Sendo assim, somente moradores da região poderão ser vacinados ali, enquanto residentes de outros bairros precisam aguardar o chamamento de suas unidades.