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Presidente da Unimed de Criciúma concorda com abertura comercial proposta por Carlos Moisés

Para Leandro Avany Nunes, questões econômicas ressaltam a necessidade de volta gradativa das atividades, mas município precisará fazer testes na população
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 27/03/2020 - 10:00 Atualizado em 27/03/2020 - 10:24
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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A decisão do governador Carlos Moisés (PSL), de permitir a volta gradual da atividade comercial - os bancos e lotéricas a partir da próxima segunda-feira e lojas a partir da quarta - divide as fontes médicas usadas pela Rádio Som Maior e Portal 4oito neste período crítico do coronavírus. Para o presidente da Unimed de Criciúma, Leandro Avany Nunes, a decisão do governo foi acertada, enquanto o pneumologista Renato Matos avalia que a abertura pode ter sido precipitada. O Portal 4oito fez duas reportagens sobre o tema, cada uma com a avaliação dos especialistas.

"Quanto tempo ficar isolado, dois meses? Aí vai faltar comida"

Após conversas com empresários, o presidente da Unimed, Leandro Avany Nunes, recebeu a resposta de que a iniciativa privada poderia ajudar na compra dos testes rápidos de Covid-19. Em concordância com a abertura gradativa das atividades comerciais no estado, o médico afirma que será fundamental a compra de 70 a 100 mil testes rápidos em Criciúma. O investimento poderia chegar até os R$ 10 milhões, considerado baixo pelo especialista.

A leitura de jornais e revistas internacionais confirmam para Leandro o acerto do isolamento implementado em Santa Catarina até o momento. Porém, a preocupação agora passa também pela questão econômica. "Quanto tempo ficar isolado, dois meses? Aí vai faltar comida, remédios, os funcionários não vão ter como receber salário. Agora é hora de equalizar. O grupo da Unimed concorda com o que o governador fez. Acreditamos que está acertada a abertura. Algumas coisas, como academia, acho desnecessário abrir, mas tem a questão econômica", opina.

A abertura comercial foi defendida pelo governo central italiano em 28 de fevereiro. No dia 8 de março, a Itália recuou e decretou a quarentena em todo o território. Para Leandro, os estados brasileiros se adiantaram e fizeram o isolamento antes da epidemia se alastrar, em sintonia com os países que tiveram melhor sucesso no combate à transmissão. Agora com a abertura, o estado enfrentará uma etapa nova.

"Estamos trabalhando no obscuro. Os jornais internacionais que li e pacientes que moram fora do país dizem que esses que atrasaram o fechamento estão em situação muito complicada. Espanha fechou tudo, Alemanha fez testes antes, Estados Unidos agora fechou. O mundo está parando depois de se complicar. Acho que conseguimos alguma vantagem nisso, nós paramos antes de ter a complicação. Temos cinquenta mortes, a nossa taxa de mortalidade é baixa", aponta Leandro.

Compra de testes

A Alemanha é um dos países grandes da Europa com menor impacto do coronavírus. Desde janeiro, o país fez grande número de testes na população e conseguiu isolar inclusive aqueles portadores do vírus que não apresentavam sintomas. Leandro diz ser fundamental a aquisição dos testes em Criciúma.

"Precisamos nessa segunda fase testar as pessoas. Temos que comprar testes rápidos, a Unimed comprou 1 mil, mas o custo é muito alto e ainda não chegou. A proposta é de comprar 70 a 100 mil testes. É um investimento de R$ 7 a 10 milhões de reais. Se testar as pessoas, vai diminuir e pode ser feito o isolamento vertical", diz. Os testes custam de R$ 100 a R$ 150 e são comprados da Alemanha e da China, por exemplo. O problema é que ele demora a chegar.

Para o presidente da Unimed, a abertura na semana que vem não tira a hipótese de haver novo isolamento total no futuro. "Corremos o risco de voltar ao isolamento. Não sabemos o que pode acontecer, se pode acontecer uma tragédia como nos Estados Unidos. Em Nova York tem 40% do aumento de internação por dia, assim como aconteceu na Espanha e Inglaterra, que estão em calamidade", aponta. 

"Nos isolamos e não tinha nenhum caso, estava todo mundo bem. Na semana que vem tem que ter teste para todo mundo, se não tiver, nós corremos risco. Empresários já sinalizaram que se conseguirem os testes, ajudam a comprar. Vamos correr atrás, a Unimed está tentando isso, comprar todos os testes que tiver, o problema é que ele não chega", conclui Leandro.

Tags: coronavírus

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