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Parque térmico no horizonte da Região Carbonífera

Setor carbonífero projeta instalação de pequenas usinas para aumentar faturamento
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 24/09/2019 - 16:41
Foto: Arquivo / A Tribuna
Foto: Arquivo / A Tribuna

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O futuro da mineração na Região Carbonífera não consiste em aumento da exploração do carvão no subsolo. O principal objetivo do setor, hoje, é a implementação de um parque térmico, que daria maior vazão ao carvão extraído na região.

A argumentação do coronel Márcio Cabral, diretor executivo do Siecesc, é de que não há a necessidade de descoberta de novas jazidas de carvão na região. Além do fato de as jazidas atuais comportarem extração pelos próximos cem anos, não seria primordial para o setor ampliar as 200 mil toneladas já extraídas por mês. 

“A questão maior não é a quantidade de carvão entregue, mas sim de agregar valor ao preço. Se o processo térmico for feito aqui, agrega valor ao preço do carvão; não precisamos necessariamente aumentar a extração”, justificou.

Por isso o projeto do parque térmico, que pode colocar em prática a transformação do carvão em energia aqui mesmo na região. Está em estudo pelo setor carvoeiro, junto à Satc, a instalação de pequenas usinas termoelétricas neste possível parque.

"Há uma previsão de aumento de 3% no PIB brasileiro, o que significa que o país vai precisar de mais energia. Se houvesse apenas uma usina aqui, significaria em pelo menos 500 empregos diretos", aponta Cabral.

Fiscalização

Em entrevista à reportagem da Rádio Som Maior na segunda-feira, no evento promovido pelo Instituto do Desenvolvimento da Mineração na Acic, o procurador da república Dermeval Ribeiro Vianna Filho falou sobre a fiscalização no setor.

“Hoje temos um passivo ambiental significativo na região, um dos maiores do Brasil. Nas empresas em atuação, atuamos na fiscalização das atividades, para verificar se estão implementando as condicionantes ambientais, preservando a saúde dos trabalhadores e os danos na superfície", esclareceu.

Novas atividades de extração passam por uma regulamentação diferente. "Temos algumas ações com sentença proferida, que exige que novas atividades de mineração, de carvão em subsolo, as empresas tenham uma modalidade de caução, um seguro que visa a garantia de riscos sobre as minas”, destacou.

Do ponto de vista do setor de mineração, a tendência é de que não haja novas empresas e nem novas jazidas a serem exploradas na região, pois as atuais já suprem a demanda necessária. O levantamento da Siecesc aponta que o setor é responsável por três mil empregos diretos, com faturamento de R$ 700 milhões por ano.

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