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Para diretor da SPDM, ADR não representa o estado

Atual gestora do HRA só saí quando situação dos funcionários for resolvida (áudio)
Por Clara Floriano Criciúma - SC, 02/01/2018 - 11:01 Atualizado em 04/01/2018 - 15:40
(foto: Décio Batista)
(foto: Décio Batista)

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A Secretária de Estado da Saúde emitiu uma ordem de serviço para que o Instituto Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde (Ideas) assumisse a gestão do Hospital Regional de Araranguá no lugar da atual gestora, a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM).

Ontem o Ideas tentou esteve no HRA para tentar assumir, mas foi impedido pela SPDM e pelos trabalhadores. O diretor administrativo da SPDM, Mário Monteiro, explicou, em entrevista ao repórter Décio Batista, porque a atual gestora não quer entregar o hospital.

“Olha, a nossa posição é sobre a transição dos funcionários de uma forma, vamos dizer bastante elegante. Os funcionários não deixaram o Ideas assumir. Oficialmente a SPDM não foi informada sobre o rompimento do contrato. Aliás, a liminar que o Ideas entrou em Araranguá para a posse do Hospital não foi concedida”, contou Monteiro.

Segundo ele, o que a SPDM quer é que a transição seja feita com um acordo para acertar as pendencias. “O governo tem R$ 5 milhões de dívidas com fornecedores e folhas de serviço. Além do passivo trabalhista dos funcionários. A dívida é uma coisa que o estado tem que se posicionar”, disse.

Monteiro também disse que pretende resolver a situação de maneira administrativa, sem envolver a notícia. Ele ainda disse que a SPDM não tem condições de reativar o HRA, o estado é responsável e não está assumindo sua responsabilidade.

“A gente não pode assumir essa parte do compromisso se não o Estado não conseguir o reequilíbrio da parte financeira do contrato. Por isso, essa dificuldade do Ideas assumir. O Ideas vai assumir de uma forma semelhante a que nós estamos vivendo, o que eles estão querendo é contratar os funcionários, que são a força de trabalho do Hospital”, afirmou.

O diretor administrativo disse que há um contrato em vigência, que só pode ser rompido após um processo administrativo que mostre que a SPDM não tenha cumprido ele. “Nós temos absoluta certeza que não conseguimos fazer foi por causa do desequilíbrio financeiro”, disse.

Monteiro afirmou ainda que a SPDM só sai do comando do Hospital Regional de Araranguá quando o problema com funcionários for resolvido. “O estado precisa entrar nessa discussão para saber o que vai ser feito com esses funcionários”, explicou.

Na semana passada, a Agencia de Desenvolvimento Regional (ADR) de Araranguá solicitou uma reunião com a SPDM. Monteiro disse que a ADR não representa o estado. “Aquela senhora Patrícia Paladini, é uma piada, ela não representa o estado. O estado tem que ser representado pela Secretaria de Saúde. Nem o senhor Heriberto (Schmitz) é capaz de solucionar a situação. O Estado precisa estar presente nessa negociação e não através dessas pessoas, não reconhecemos Patrícia Paladini ou Heriberto como interlocutores do estad. Interlocutor do Estado é o secretário de Saúde de Santa Catarina”, afirmou.

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