Completou nesta segunda-feira, 27, sete anos da tragédia na Boate Kiss, em Santa Maria (RS). Foi uma madrugada que deixou 242 mortos, com sintomas que podem ser sentidos até hoje pelas famílias das vítimas. O Ponto a Ponto ouviu a autora Daniela Arbex, do livro Todo Dia a Mesma Noite, que falou sobre o caso.

“Quando eu cheguei lá vi o tamanho dessa tragédia e vi que era uma história que eu precisava contar”, contou a jornalista dedicada à defesa dos direitos humanos, que é natural de Juiz de Fora, em Minas, mas que encontrou na tragédia gaúcha uma história que precisava ser contada. 

Ao longo da produção do livro, diz que desenvolveu um laço de proximidade grande, que permanece até hoje. “Eu fui la cinco vezes, o que mais me impressionou é que todas as vezes que fui ao Sul, nunca encontrei as famílias da mesma maneira”, destacou Daniela.

"Foram necessárias centenas de horas dos depoimentos de sobreviventes, familiares das vítimas, equipes de resgate e profissionais da área da saúde", diz a descrição do livro. A leitura de Todo dia a mesma noite é uma dolorosa e necessária tomada de consciência, um despertar de empatia pelos jovens que tiveram seus futuros barbaramente arrancados", completa.