Não é tão frequente ver mulheres dirigindo ônibus. Mas há boas exceções, como na Expresso Coletivo Forquilhinha, e isso foi contado no Programa do Avesso desta segunda-feira pelo trio Flávia, Gabriela e Renata.

Gabriela Fernandes de Jesus Mello Sá é manobrista na Expresso Forquilhinha, onde trabalha há dois meses. Ela faz parte de um projeto que a empresa está proporcionando, o programa Formação de Motorista. Ela quer se tornar motorista de ônibus.

“Eu me inspirei vendo meu marido que sempre foi motorista. Eu sempre gostei da profissão, me inspirei na historia dele e comecei a fazer isso, fiz vários cursos e hoje to no projeto de empresa. Muita gente fala que mulher não sabe dirigir, há muito preconceito em cima disso ainda”, conta.

Flavia Barata Fernandes é natural de Belém do Pará e está residindo em Criciúma há um ano e meio. Ela veio para Santa Catarina com o objetivo de trabalhar como motorista, pois lá exercia função de motorista de caminhão há quatro anos nessa função. Ela gosta de desafios e acha que o povo de Criciúma é muito educado perto do pessoal de Belém.

“Prefiro caminhões maiores, piloto micro-ônibus, caminhão, carreta. Eu trabalhava de cobradora de ônibus e tinha o sonho de ser motorista, via eles trocando a marcha e tinha vontade. Em Belém eles são muito mais ignorantes, o transito é pior lá. O povo de Belém é muito mais machista, falam na cara que não sabemos dirigir”, conta.

Renata Duminelli Destro é coordenadora de Recursos Humanos na Expresso Forquilhinha e acha que o projeto que a empresa está oferecendo é muito importante, apesar de ter gente ainda com o pé atrás. “É muito legal e importante isso tudo, nosso objetivo é inserir mais mulheres no mercado de trabalho. Não sei se por conta da cultura ainda não temos tanta procura, mas estamos divulgando para inserir cada vez mais”, conta.

O Programa Do Avesso tem apresentação de Mano Dal Ponte e Pity Burigo.  Confira na íntegra no podcast: