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O salto dos focos de dengue em Araranguá

Em três meses de 2022, foram mais registros que em todo o 2021. Vigilância está reforçando o combate com a instalação de 245 armadilhas
Por Gregório Silveira Araranguá, SC, 22/03/2022 - 16:45 Atualizado em 22/03/2022 - 16:47
Divulgação
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Araranguá, no extremo Sul do estado é uma das cidades catarinenses consideradas infestadas por focos do mosquito aedes aegypti transmissor da dengue, febre amarela urbana, além do zika vírus e da febre chikungunya. O que chama atenção das autoridades em saúde é o crescimento do número de focos apenas nos três meses desse ano. Ao todo já são 13, contabilizando assim, mais que o registrado no primeiro semestre do ano passado (10 focos), e mais que a metade de todo o ano de 2021 (21 focos).

Joelcio Anastácio, coordenador do programa de Combate à Dengue de Araranguá, alerta que se continuar essa evolução, o ano de 2022 ficará marcado de forma negativa. “Isso sinaliza que teremos um ano muito mais preocupante do que foi o ano passado. Continuamos com a atenção voltada para a área infestada que é o bairro Mato Alto, mas estamos monitorando outros bairros que, senão forem controlados, podem vir a preocupar. São eles: Sanga da Toca, Cidade Alta e Coloninha”.
Joelcio explica o motivo que fez Araranguá entrar para a lista dos municípios considerados infestados. “Chegamos a esse status em 2019 quando o bairro Mato Alto registrou um grande número de focos, 45 no total. De lá para cá muitas ações foram realizadas para tentar conter essa situação e estamos obtendo resultados favoráveis. Porém ainda não atingimos o critério estabelecido pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica, a DIVE, que determina que a área para não ser mais considerada infestada, deve ficar sem registro de foco pelo período de um ano. Isso nós achamos muito difícil por conta das características dessa área. É uma região bem urbanizada e industrializada”.

Devido ao crescente número de focos do mosquito, as medidas de combate vêm sendo reforçadas. São 245 armadilhas instaladas em empresas e residências da cidade, seguindo um distanciamento em média de 200 metros umas das outras, além de 95 pontos estratégicos, como: cemitérios, borracharias, ferros velhos e floriculturas.  No total, a equipe é formada por 06 agentes, sendo: 04 agentes designados para trabalho de campo, 01 coordenador de campo e 01 laborista.

Mas mesmo com toda a mobilização, Joelcio reforça que a população precisa cooperar. “Ainda existe alguma resistência para as equipes entrarem nos imóveis. Estamos agora nesse período de pandemia e o receio das pessoas em receber a equipe é ainda maior. Têm outros que não confiam, mesmo nós nos identificando de forma correta, e por fim têm aquelas pessoas que se recusam mesmo a receber, ignorando o risco que o vetor oferece e prejudicando o trabalho”.
E por fim o coordenador alerta para alguns cuidados necessários no combate à proliferação do mosquito. “É necessário ter um olhar atendo ao ambiente que vivemos. Observe sempre como está seu quintal, principalmente após chover, e faça a limpeza periódica. Dê a destinação correta ao lixo, elimine vasos de plantas e limpe sempre bebedouros de animais domésticos. Evite água parada”. 
 

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