Na tarde de segunda-feira (4) vereadores e responsáveis pela saúde em Criciúma se reuniram com líderes do Tribunal de Contas Estadual (TCE) para definir a situação do Hospital Santa Catarina. O edital de contratação deve ser lançado na próxima semana, mas antes foram solicitadas seis alterações.

“Talvez as medidas não sejam as melhores, mas tudo é momento. É fundamental manter os serviços. O edital será adequado até segunda-feira (11)”, explicou a Secretária de Saúde de Criciúma, Francielle Gava.

O Hospital Santa Catarina realizou 29 mil atendimentos entre janeiro e julho de 2017. Sendo aproximadamente 10.200 de enfermagem. Destes números, foram 141 internações na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), 25 delas por crianças de Araranguá, 30 por moradores de cidades da Associação dos Moradores do Extremo Sul Catarinense (Amesc) e 45 vindas de convênios ou planos de saúde.

“O TCE se comprometeu em ser bem ágil. Semana que vem devemos ter uma resposta com o edital, incluindo as observações. Está sendo blindado para que as interessadas não venham com outras intensões”, afirmou a vereadora Geovana Benedet Zanette (PSDB/SC).

Muitos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) acabam sendo atendidos pela unidade privada. O Ideas, atual grupo gestor, é um dos interessados na concorrência. O edital deve ficar disponível por 30 dias após o lançamento, com mais 15 dias destinados ao período de transição.

“Está bem encaminhado, mas tem a questão do edital. Fomos atendidos muito bem, querem ajudar Criciúma. A prefeitura terá até segunda-feira para protocolar os ajustes”, lembrou o vereador Tita Belloli (PMDB/SC).

Alterações no edital

- Metas descritivas, com um link para os resultados financeiros obtidos;

- Custos planilhados, com todos os números referentes ao hospital;

- Requisito irrelevante de competitividade, trabalhando com preço e técnica;

- Regulamento próprio para a contratação de serviços por parte dos gestores;

- Os concorrentes decidem sobre visita técnica ao hospital durante a licitação;

- Serão 70% dos leitos para o SUS e 30% para convênios, sendo que o primeiro pode ultrapassar estes números e o segundo não.