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O outro lado da morte

Profissionais que trabalham com falecidos falam sobre a preparação de corpos, velórios e enterros
Por Erik Behenck Criciúma - SC, 03/11/2017 - 14:17 Atualizado em 03/11/2017 - 15:46
(foto: Amanda Farias)
(foto: Amanda Farias)

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Lidar com a morte nunca é uma questão fácil. No Brasil, são mais de dois milhões de óbitos por ano. O Programa do Avesso recebeu o coveiro Selezonir Ribeiro, o Serrano e a proprietária de funerária Maria Goreti Damin Salvaro, que falaram sobre a preparação de corpos para enterros e também sobre sepultamentos.

Criciúma possui seis funerárias, que trabalham no sistema de revezamento de serviços. Existe uma lei que não permite mexer em corpos até completar seis horas de morte. A tanatopraxia é a técnica para preparar os corpos.

“É uma técnica para tratar o corpo após a morte, um ato de conservação interno e externo. Tentamos fazer tudo o que a família pede, tem casos que levamos oito horas para fazer um trabalho, com quatro pessoas atuando”, disse Maria Goreti.

A tanatoproctologista afirmou que essa é uma profissão maravilhosa, mas que em alguns casos é difícil trabalhar. “É complicado quando são jovens e o IML liga para família. Choca de mais, os pais se desestruturam, e normalmente quem contrata o serviço são os tios”, disse.

O coveiro contou algumas histórias curiosas, afirmando que em um caso o morto abriu um olho. Há 13 anos na profissão, Serrano já presenciou amantes em velórios e oferendas no cemitério. Até mesmo já tentaram ser enterrados com o morto. “Teve um cigano que entrou no túmulo junto com o caixão, mas o pessoal da família puxou de volta”, lembrou.

De acordo com Serrano, às vezes passam dias sem morrer ninguém, mas outros dias morrem quatro ou cinco pessoas. Para ele, enterrar crianças sempre é ingrato. “Enterro de bebê é difícil, principalmente quando pedem para abrir o caixão”, destacou Serrano.

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