Neguinho é conhecido em Criciúma como artista que anima muitas festas por toda a região. Mas em 2020, ele escolheu um novo caminho: a política. A intenção já existia, mas foi antecipada com o convite do candidato a prefeito Rodrigo Minotto (PDT), para ele compor a chapa como vice. Convite feito, convite aceito.

O candidato a vice foi o último da série de entrevistas realizada pelo Programa Agora, da Rádio Som Maior. 

Mais que um vice, Neguinho disse que se dedicará à cultura e ao esporte de Criciúma, em caso de vitória em novembro. “Eu assumo a Secretaria de Cultura e Esporte. Eu quero. Dá dó ver como está a situação hoje. Fiz um vídeo na semana passada. O teatro, o ginásio estão abandonados.  Muita coisa precisa melhorar.  O valor destinado para a cultura neste ano foi de R$ 240 mil e foram gastos só R$ 120. Será que não dá para ampliar este valor? Investir mais na cultura da cidade? Dinheiro tem, mas tem que saber distribuir. É bom ter asfalto? É muito bom, queremos ter conforto para andar nas ruas, mas também queremos lazer. Estou falando da cultura no geral. Precisamos explorar mais o nosso ginásio. Precisamos fazer a nossa cidade a melhor de Santa Catarina”, comentou.

Ainda na cultura, Neguinho revelou a ideia de a prefeitura contratar um estúdio e um produtor musical para dar oportunidades aos talentos da cidade. “É preciso tirar a cultura da gaveta porque está esquecida. Por eu ser da música o pessoal me cobra. Um dos planos que falei para o Minotto, temos muito talento na cultura de Criciúma, então porque não a  prefeitura ter um estúdio, paga um produtor musical, cadastrar as bandas, dá a música gravada. Pega uma praça, faz uma parceria com a CDL, monta um palco, valoriza, dá um prêmio para o primeiro lugar. Nem tira dinheiro da prefeitura, faz uma parceria e movimenta a música, a arte, o folclore”, enfatizou.

Nascido em Nova Veneza, Neguinho reside em Criciúma há 12 anos, e esta é uma oportunidade para, segundo ele, retribuir tudo que a cidade lhe proporcionou. “Tudo que tenho hoje devo a Criciúma, e este é um dos motivos, eu poder retribuir tudo que já conquistei. Não falo de financeiramente, mas amizades, relacionamentos, isso me fez pensar que posso retribuir”, falou.

Ele disse ainda que dispensa o uso do terno e das camisas sociais. “Não gostaria de agora andar de terno, camisa de botão, ele (Rodrigo Minotto) disse para eu ser como eu sou. É a nova política, ser como é. Ser como a gente é. Não tenho papo de político, falo como se eu estivesse falando uma entrevista de música com o violão”, comentou.

Diálogo

Ao percorrer a cidade, Neguinho disse que percebe que a população carece de atenção e diálogo. “Trazer o povo mais perto. Vejo uma necessidade, estamos circulando pelos bairros e vimos a necessidade do diálogo, estar mais perto. O mandato do Minotto e do Neguinho é renovação, trazer mais próximo. Hoje o percorrendo a nossa cidade, as pessoas querem trocar ideias o nosso mandato será de transparência, de trocar ideias. Se o povo votou, ele tem que ter o crédito de dar a sua sugestão, depois se faz um diagnóstico. Acho que o povo tem que participar mais, assim como os empresários”, relatou.

Economia

Com relação à economia, o candidato falou que é preciso facilitar a vida dos empresários. “Visitei uma empresa que o empresário disse que quer ampliar, tem o valor, foi na prefeitura e está esperando a resposta. Esteve em Içara e o pessoal lá só falou me estender um tapete vermelho. Tem muitas coisas boas em Criciúma? Temos! Temos que reconhecer, mas ouvimos do povo que tem muita coisa para melhorar. O Minotto circula o estado todo e sabe das necessidades. Digo para conhecerem mais os candidatos, ver o currículo. O Minotto está há 27 anos no mesmo partido, nunca trocou”, relatou.

Saúde

Na saúde, o vice de Rodrigo Minotto destaca o projeto de especialidades por toda a cidade. “A intenção é fazer parcerias, comprar consultas fazer chamamento público. Fomos pedir votos no Santo André, na casa de uma senhora com muleta esperando há 11 meses uma cirurgia. Penso se não tem dinheiro para isso, se não tem como fazer. Tem sim. É a forma de administrar. Não só saúde, cultura, temos muito a fazer. Estamos preparados. Quando entro em alguma coisa, não entro para brincar. Tem muita gente prometendo muita coisa. Trabalhar tranquilo, ver o que tem capacidade de fazer. Faz um diagnóstico, estuda, fazer parcerias e vê se tem como realizar”, enfatizou.