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Moradores votam contra binário e Prefeitura reafirma que não há projeto

Audiência Pública reuniu moradores, vereadores e representantes do Executivo
Por Clara Floriano Criciúma - SC, 05/07/2018 - 10:14 Atualizado em 05/07/2018 - 10:26
(foto: Daniel Búrigo/ Jornal A Tribuna)
(foto: Daniel Búrigo/ Jornal A Tribuna)

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Aconteceu nesta quarta-feira (4) uma Audiência Pública para discutir a mobilidade urbana do bairro Pio Correa. O evento reuniu moradores do bairro, representantes da Prefeitura de Criciúma e vereadores no auditório do Colégio Marista. Os moradores votaram contra a implantação de um binário no bairro. A Prefeitura reafirmou que não há nenhum projeto neste sentido.

“A Audiência Pública discutiu a mobilidade do bairro Pio Correa e dos bairros vizinhos. Acho que foi muito representativa. O Auditório estava lotado. Todas as falas foram muito representativas. Então acredito que isso assegura o sucesso desta audiência pública. Ao final foram dados cinco encaminhamentos: a reabertura da rotula na Próspera, a validação de um abaixo assinado produzido pela comunidade contraria a este projeto de binário do Pio Correa, contra a abertura da Rua Casemiro de Abreu e, por último, de forma bastante expressiva se colocou contra este projeto. Então é representativo o pensamento oposto àquilo que se foi apresentado em termos de proposta do Executivo”, vereador Zairo Casagrande.

“Abrindo esta rua que a secretária falou, seria o início deste binário. Pelo que vimos já estão desapropriando terrenos e não foi feito nenhum estudo de impacto de vizinhança. Ela diz que vai melhorar o trânsito, só que a gente foi pego de surpresa. Então a audiência foi de fundamental importância. A comunidade se mostrou unida. Não somos contra a abertura de ruas, porem queremos que sejam feitos estudos. O colégio não foi consultado a comunidade não sabia de nada. A partir de agora a Prefeitura antes de abrir a rua vai ter cuidados”, Fábio Martins, presidente da Associação de Pais e Professores do Colégio Marista.

“O Projeto existe, tenho comigo todo o material técnico relativo ao projeto: estudo hidrológico e geológico, topográfico, o projeto geométrico, projeto de sinalização, de drenagem, cronograma físico e financeiro. Outro detalhe, quando se faz uma licitação, o título do projeto tem que ser o título que está na licitação. Então se o título que está nas peças técnicas fala em binário, então é porque é um projeto. Então negar que não existe é temeroso. Com relação a audiência, eu vejo que foi um sucesso. A participação da comunidade em debates de mobilidade urbana é muito importante”, contou o arquiteto Roberto Cabral.

Segundo Cabral, o projeto foi elaborado pela empresa Prosul e foi incluído no pacote de financiamento do Fonplata – Fondo Financiero para el Desarrollo de la Cuenca del Plata (Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata). “Ele está incluído como contrapartida do município. Ou seja, a partir do momento que o município quiser tocar o Fonplata para frente obviamente vai precisar dar essa contrapartida”, esclareceu.

Para Carlos Roberto Roncaglio, morador do Pio Correa, a avaliação sobre a audiência foi bastante positiva. “A gente viu que a participação e a força de formação de opinião que o bairro Pio Correa promove na cidade. Foi um marco para a cidade e principalmente para o bairro. A gente não descobriu se é estudo ou projeto e não conseguimos descobrir isso na audiência. Somos contra a questão do binário que prevê a passagem de uma rodovia na Antonio de Luca, em frente ao Colégio Marista que promoveria um caos. Eles querem transferir o problema. Fica claro para nós que esse investimento que o Poder Executivo quer fazer não é satisfatório para a gente”, disse.

Ao Ministério Público caberá avaliar a legalidade do que foi proposto pelo município. “O município alega que não há projeto. Então vai ser verificado se há ou não projeto e, se houver, se ele segue todos os pressupostos previstos no Plano de Mobilidade Urbana do Município. (...) Não é barrar o projeto, vai ser instaurado um inquérito civil para avaliar a validade do projeto", disse o promotor.

O deputado Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro, que mora no bairro, também esteve na audiência pública. “Eu moro há mais de 30 anos no Pio Correa. Não houve a concretização do que o Poder Municipal está querendo no bairro Pio Correa. O que ficou claro, na verdade, e que há o projeto de abertura de uma rua, mas a comunidade entende que não é satisfatório. Eu entendo que toda a mudança precede de um estudo. O que eu entendo é que estão fazendo mudanças sem ter efetivamente os reais números e o que vai impactar”, revelou.

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