Chegamos no último mês do ano, a temporada de verão está quase aí e, com isso, começa aquela época em que todas as pessoas vão para a praia. Acontece que esta simples ida à praia pode acabar sendo prejudicial à saúde, quando não são tomados os devidos cuidados. Para falar sobre o mês de combate ao câncer de pele e sobre os cuidados com a epiderme, o Programa do Avesso recebeu nesta terça-feira, 10, a médica e especialista em dermatologia, Beatriz Serafim Ghedin.

A médica comenta que, enquanto novas, as pessoas continuarão indo para a praia e “torrando” ao sol sem se preocupar - mesmo tendo consciência do malefício que o contato frequente com o sol pode vir a causar. “Essas pessoas mais novas geralmente só vão sentir as consequências quando forem mais velhas. É aí que se darão conta e irão se arrepender. Enquanto forem novas e não surgirem manchas e câncer de pele, elas continuarão pegando sol em excesso”, afirmou.

Acontece que, além daqueles que amam ir para a praia pegar um sol, há também aquelas pessoas que precisam trabalhar nesta condição. Para quem trabalha constantemente exposto ao sol, é recomendável que utilize não somente o protetor solar, chapéu e boné, elementos comuns e necessários também para quem vai à praia, como também roupas adequadas e até mesmo luvas protetoras. 

De acordo com Beatriz, o pior horário para se estar em contato com o sol é entre às 10h da manhã e às 4h da tarde - período mais propício para se adquirir um câncer de pele. A médica recomenda que, para aqueles que não querem abrir a mão da ida à praia, que procurem ir de manhã cedo, por volta das 8h ou 9h.

Apesar de possuir um horário mais propício para tomar aquele banho de sol, o câncer de pele pode ser adquirido em período do dia. Para aqueles que já tiveram a doença, Beatriz afirma que o ideal é realmente evitar qualquer contato com o sol. 

O melanoma, um tipo de câncer de pele, em seu estágio inicial não possui sintoma nenhum. “Ele começa com aquela pintinha marronzinha ou, às vezes, de outra cor. É por isso que falamos da importância de, pelo menos uma vez por ano, o paciente ir em um dermatologista para olhar aquelas pequenas pintinhas”, concluiu a médica, afirmando que não é raro identificar câncer de pele em pacientes que estão se consultando para tratar de outra doença.