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Maio Amarelo: como resolver os problemas de trânsito em Criciúma?

Arquiteto e doutora em Mobilidade Urbana participaram do Programa Adelor Lessa de hoje
Por Redação Criciúma - SC, 03/05/2018 - 09:49 Atualizado em 03/05/2018 - 10:18
(foto: Amanda Farias)
(foto: Amanda Farias)

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O quinto mês do ano é dedicado a chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. A Campanha Maio Amarelo tem como lema “Nós somos o trânsito” e promove atividades de conscientização. Pensando em trazer o tema para a realidade dos criciumenses, o Programa Adelor Lessa desta quinta-feira promoveu uma mesa redonda para falar sobre os problemas e possíveis soluções para o trânsito em Criciúma.

“Este é um assunto pertinente e polêmico. É difícil falar em mobilidade urbana em uma cidade que nunca teve um planejamento adequado. É uma cidade que foi criada baseada na vila dos antigos colonizadores. Essas vilas deram origem as seis principais centralidades que Criciúma tem hoje: o Centro, a Próspera, o Pinheirinho, o Rio Maina, a Santa Luzia e Quarta Linha. O desafio maior é a interligação destas centralidades com uma infraestrutura adequada para todos os modais”, contou o arquiteto Roberto Cabral.

Para Cabral, as prioridades quando se fala em mobilidade urbana são o transporte coletivo e o pedestre. “A área central de Criciúma ainda não é totalmente acessível. Então, num primeiro momento, precisamos pensar em atender as demandas do pedestre na área central com rotas acessíveis nas praças, levando até a região dos hospitais”, afirmou.

Segundo o arquiteto são nas principais rodovias das seis centralidade que acontece o maior número de acidentes. “E então o foco principal é aliviar essas rodovias criando novos eixos. A curto prazo teríamos o terminal do Rio Maina; a Rua Antônio Scotti esse eixo é importante, pois existe carência grande; O binário Pio Correa na rápida em direção a Cocal do Sul; o túnel da Marechal Deodoro; o binário do Centro com prolongamento a Rua Araranguá, que é muito importante para reestruturar o transito com a Henrique Lage; Uma Central Semafórica e; os novos corredores troncais para o transporte coletivo. Isso até 2021 teria que estar feito. Boa parte disso já estaria no Fonplata”, explicou.

Para a doutora em Mobilidade Urbana, Natália Martins Gonçalves, o ponto principal é retirar a superlotação em certos cruzamentos da área central da cidade. “Alguns eixos a gente vem discutindo há muito tempo como o Anel Viário, a continuação das obras na Santos Dumont e a Carlos Pinto Sampaio. Muitas vezes a solução não é construir um viaduto, preciso conseguir dar fluidez de longa distância”, disse.

Natália lembra que uma solução proposta há aproximadamente 15 anos é uma via que faria uma ligação direta entre a Vila Zuleima, em Criciúma, e o Morro Estevão e faria uma ligação com o Santuário em Içara. “A partir desta ligação saindo da Vila Zuleima, passaria pela Luiz Lazzarin, chega no São Luis, passa pela Primeira Linha e Morro Estevão e chega à Içara. Para mim é uma via fundamental, com aproximadamente de 10 km. São estes eixos que podem redistribuir esses carregamento na área central de Criciúma”, revelou.

Universitário

A região do bairro Universitário tem problemas frequentes de trânsito, principalmente abrigara a Unesc, Satc e Cedup. “Ali perto do Pinheirinho tem que ser revisto todo aquele em torno. Mas uma obra simples é a construção da ponte da Rua Walmir Orsi. Porque todos os ônibus que saem do terminal precisam entrar na frente da Satc para fazer o retorno pela Jorge Lacerda para ir para o Rio Maina. Esses ônibus poderiam sair do terminal pela esquerda passando pela ponte e pegar o sentido norte. Com isso já iríamos resolver um grande problema. Depois outra solução também seria a construção de um Anel Viário atrás da Satc e também atrás do Terminal do Pinheirinho que tiraria o trânsito todo em frente a rótula da Unesc”, esclareceu.

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