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Greve dos caminhoneiros no Sul de SC? Entenda as principais reivindicações dos motoristas

Motoristas independentes aguardam desdobramentos do movimento nacional para decidir se param os caminhões

Por Thiago Hockmüller Criciúma, SC, 03/12/2025 - 17:00 Atualizado há 17 segundos
Rodovias do Sul de SC podem receber bloqueios da greve dos caminhoneiros | Foto: Arquivo/4Oito
Rodovias do Sul de SC podem receber bloqueios da greve dos caminhoneiros | Foto: Arquivo/4Oito

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A greve dos caminhoneiros convocada em nível nacional pode contar com a adesão de motoristas do Sul de Santa Catarina, que acompanham de perto a movimentação no país. A conta é simples: se a mobilização ganhar força e avançar para este canto do Brasil, será inevitável a adesão nas regiões de Araranguá, Maracajá, Sombrio, Santa Rosa do Sul e São João do Sul.

O movimento no Sul de Santa Catarina não está ligado a sindicatos ou associações. Até o momento, a discussão envolve motoristas independentes que demonstram descontentamento com a legislação que impõe regras rígidas de descanso, como a parada obrigatória por 11 horas dentro de uma jornada de 24 horas, além dos 30 minutos de pausa a cada 5h30 de trabalho ininterrupto.

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Segundo fontes ouvidas pelo portal 4Oito, essas regras acabam prejudicando o desempenho dos motoristas, obrigando-os a parar mesmo em situações em que já estão próximos de casa. Outro ponto de insatisfação é a falta de infraestrutura nas estradas, o que muitas vezes torna a parada obrigatória um verdadeiro desafio. A segurança também está entre as principais queixas, já que caminhoneiros relatam furtos e roubos de cargas com frequência.

Jair Ferraz, uma das lideranças do movimento no Sul de Santa Catarina, garante que haverá adesão caso a greve ganhe força. As pautas acima serão as bandeiras levantadas pelos motoristas catarinenses do Sul e Extremo Sul.

“Essa movimentação está vindo lá de cima, são muitas pautas que a categoria vai reivindicar como necessário para ela. Nossa primeira pauta será a segurança, o que não existe em lugar nenhum do país”, justifica.

Ferraz considera necessárias leis que ampliem a segurança nas estradas, entretanto, não acredita que a rigidez atual auxilie nesse processo. Por isso, alterar a regra das 11 horas passa a ser bandeira prioritária caso a greve aconteça no Sul, a exemplo do que ocorreu em 2018.

Sul de SC viveu paralisção intensa na greve de 2018 | Foto: Arquivo/4Oito

“Como que o motorista vai conseguir pagar suas contas e arcar com seus compromissos ficando com o caminhão parado 11 horas? Isso não tem cabimento. Para quem conhece a categoria, para quem viveu e vive dentro de um caminhão, sabe que não existe como esse horário permanecer”, reclama.

A liderança garante que a população será comunicada de todas as ações, principalmente caso a greve seja aderida na região. A perspectiva, caso a decisão seja pela mobilização, é que isto de fato ocorra a partir de segunda-feira (7).

Caminhões parados nesta quinta-feira

A paralisação nacional é organizada por Sebastião Coelho, desembargador aposentado, e por Chicão Caminhoneiro, representante da União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC). A expectativa é de que os protestos comecem nesta quinta-feira (4), com reivindicações que incluem melhorias para a categoria.

“Estaremos protocolando o movimento para trazermos a legalidade jurídica dessa ação que vamos iniciar a partir do dia 4 de dezembro. Doutor Sebastião Coelho estará conosco, nos acompanhará. Teremos todo o suporte jurídico necessário para o ato e dentro da legalidade que a lei estabelece”, afirmou Chicão Caminhoneiro.

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