Um forte temporal ocorreu na manhã desta quinta-feira (24) causando estragos na região Oeste de Santa Catarina. Em Campos Novos, por volta de 05h30m, uma carreta tombou com as fortes rajadas de vento. O veículo estava estacionado em um posto de combustível às margens da BR-282. De acordo com o meteorologista, Leandro Puchalksi, as rajadas de vento chegaram a mais de 100 km/h. Não está descartada a ocorrência de um tornado.

"Tivemos fortes rajadas de vento sobre a região de Campos Novos que alcançaram os 108 km/h. Chegou a tombar um caminhão. Tem até a suspeita, e esse é um processo lento que será observado, de ter tido um tornado, que é aquele funil da base da nuvem em direção ao solo em movimento rotatório, ou até mesmo uma micro-explosão, que é uma grande quantidade de ar que sai da base da nuvem direto para o solo e acaba gerando estragos muito fortes. 

Placas do posto também foram danificadas. Ainda na cidade, destelhamento em residências e estabelecimentos comerciais, e queda de árvores foram registrados. Campos Novos chegou a ficar sem energia. A Defesa Civil foi acionada. Até o momento, não há informações de pessoas feridas.

Confira o vídeo do Youtube da Som Maior/4oito:

Há pequena chance de temporal no sul do estado

Ainda de acordo com Leandro Puchalski, o risco maior de temporal é na região Oeste de Santa Catarina. "Na região de Criciúma chegou a ter uma rajada de vento de 58 km/h, nada demais, porém uma velocidade considerável. E esses temporais seguem previstos para o Oeste do estado. Para a região sul não vou descartar a possibilidade de temporal, mas as chances são menores. É bom ficar atento até o fim do dia. O que continua é a presença da chuva", pontua ele.

O coordenador da Defesa Civil em Santa Catarina, David Busarello, se pronunciou sobre as ocorrências. Confira no vídeo:

Furacão Catarina completa hoje 18 anos

Era 24 de março de 2004, quando um fenômeno meteorológico começou a se formar na proximidade do litoral de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Tratava-se do Furacão Catarina que aterrorizou a região sul do país. As rajadas de vento chegaram a 175 km/h. Mais de 14 municípios decretaram estado de calamidade pública. O furacão matou 11 pessoas e deixou 518 feridos.

No geral, cerca de 36 mil residências foram danificadas como resultado do ciclone; destas, 993 ruíram completamente. O setor comercial foi ligeiramente menos afetado, já que apenas 2 274 edifícios foram danificados e 472 entraram em colapso. Finalmente, 397 edifícios públicos foram danificados e três foram destruídos. Estes eram responsáveis por 26% dos edifícios totais na região e os danos materiais atingiram os 320 milhões de dólares.