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Fim do processo de recuperação judicial da Criciúma Construções

Coletiva de imprensa contou com representantes da empresa, da Justiça e do Ministério Público
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 11/12/2019 - 09:07 Atualizado em 11/12/2019 - 10:05

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Cumpridas as etapas do plano de recuperação judicial, o juiz Rafael Spillere assinou o encerramento do processo. Assim, a empresa poderá retornar às atividades, mesmo que ainda tenha credores e imóveis não-iniciados. No entanto, ainda não há previsão de quando Rogério Cizeski poderá retornar à direção da empresa. Haverá coletiva nesta quarta-feira para explicar o caso.

"Algum credor pode recorrer, não concordar com o encerramento. É um processo volumoso e que envolve muita gente. Acredito que possa ocorrer a sobreposição de vários recursos. Sobre o processo de recuperação judicial, já estava na hora de encerrar", argumenta o advogado da empresa, Alexandre Farias.

O prazo para recursos se encerra no fim de janeiro. Se não houver, é possível que Rogério retorne já no fim de fevereiro, assim que a sentença transitar em julgado.

"Sei que a intenção do Rogério é tentar solucionar tudo o que é possível. A gente fala de retorno à empresa, mas não sabemos se de repente ele não vai colocar uma equipe para administrar, depois de tudo o que passou. Ele quer resolver todos os problemas no menor tempo possível", afirmou Alexandre.

Na manhã desta quarta-feira, ocorre entrevista coletiva com o juiz que assinou a sentença do processo, o administrador e o gestor judicial. Você confere em tempo real aqui. 

Detalhes da transmissão:

10:18

Para encerrar a coletiva, o gestor Zanoni Elias agradeceu ao sindicato dos trabalhadores da construção civil, aos magistrados, os promotores, aos credores, e seus advogados, e, principalmente, aos 17 colaboradores que seguiram na Criciúma Construções, trabalhando durante o processo de recuperação judicial

10:06

"Excesso de crédito que ela alcançou, pode não ter conseguido gerir. Também enfrentou ações civis públicas, o MP naquele momento assegurou credores e adquirentes. O Rogério admitiu que se equivocou em administrar. Muitas empresas não percebem o quanto ficam grandes e não se estruturam", falou o administrador judicial.

10:01

Promotor Diogenes Viana. "Em 2015 era um cenário de guerra e que podia não se salvar ninguém. A falência naquele momento seria catastrófica. Esses encaminhamentos que se tem hoje não teriam acontecido". Ele destaca que são muitas ações civis envolvendo a empresa. 

09:53

A expectativa é de que a Criciúma Construções retome o funcionamento e aos poucos consolide novamente a credibilidade. 

09:46

"Não existe garantia real de alguma coisa, existe um plano que se a empresa se recusar a cumprir, pode-se entrar com ação judicial", explicou o advogado da empresa, Lucas Farias. 

09:44

"O pagamento das dívidas é com repasse dos empreendimentos. Todas as obras estão acertadas nos 27 empreendimentos e a resolução está no plano. A pressa de fazer a execução vai muito do conomínio se organizar na forma da lei. Alguns condomínios não querem receber o terreno porque querem primeiro negociar com banco", disse Zanoni.

O plano de pagamentos é de 15 anos e dá-se de acordo com o plano de recuperação aprovado pelos credores. "Tem que aguardar a forma da lei e do plano", explicou o gestor. 

09:38

"Estamos acelerando ao máximo possível a resolução. Chegamos a 80%, o proprietário está frequentando a empresa e está a par dos números, ciente de todos os compromissos pendentes. Pelo que observamos, ele está disposto a resolver tudo"

09:38

De 3.936 adquirente atingidos pela recuperação judicial, 3.088 tiveram suas situações resolvidas, perfazendo 80% de resolução. Os 20% restantes serão resolvidos a partir de janeiro de 2020, mas sem prazo definido.

09:36

Dos R$ 20,761 milhões a serem pagos em questões trabalhistas em dezembro de 2016, sobram menos de R$ 5 milhões em aberto para pagamento em janeiro de 2020.

09:33

São 14 loteamentos, sendo que atualmente 8 ainda não contam com parcelamento do solo, fator que atrasa bastante o protesto de venda.

09:33

"São 14 loteamentos. A maioria não estava em solo parcelado, que não é uma operação simples. Já conseguimos dar o encaminhamento em quatro, mais dois estão em execução e outros que ainda não conseguimos resolver. Os engenheiros estão trabalhando para que a gente consiga colocar máquina e fazer ruas".

 

09:31

Aqueles 13 que necessitam de longo prazo para resolução, com problemas mais complexos,  envolvem 568 adquirentes.

09:31

As 14 obras possíveis de resolução em curto e médio prazo, com situações como poucas vendas, e acordos próximos com condomínios e/ou bancos, englobam 280 adquitrentes.

09:29

Dos 78 empreendimentos pendentes em dezembro de 2016, início da recuperação, atualmente são 51 resolvidos, 13 em processo final de resolução e 14 que ficarão para soulução da empresa, não mais sobre gestão da Justiça.

09:27

"O maior loteamento da Criciúma Construções, em Forquilhinha, está para sair em associação compartilhada. A sobrevida da empresa vai partir dessa situação compartilhada", destaca Zanoni. 

09:26

Classe I (trabalhistas): Não possui deságio, apenas um limitador de R$ 62,5 mil por credor. Todos já quitados
Classe II (banco) : Deságio de 40% e pagamento do saldo em 180 meses, com prazo de carência de 24 meses, com parcelas corrigidas semestralmente por TR + 1% aa.  Quase todos quitados
 

09:23

"Demandas trabalhistas de R$ 1 milhão. Fizemos uma linha de corte em que cada credor trabalhista recebeu o teto máximo de R$ 72,5 mil. Assim, todos os que se habilitaram receberam".

09:23

"Das 92 obras, 73 são edifícios, 5 são casas geminadas e 14 loteamentos. Formatamos um plano de resolver o problema da Criciúma Construções. Muitos trabalhistas foram desligados, muitas obras com garantias reais no banco e credores. Tivemos que fazer um plano que atendesse a esse emaranhado de credores. De 5 mil habilitados a votar, apenas 14 credores reprovaram nosso plano naquela época". Zanoni. 

09:19

"O que interessa aos credores é a prática. Vamos falar aqui sobre isso, quem são os credores, quais as obras, quantas resolvemos e não resolvemos e porque não resolvemos", adianta Zanoni. 

09:18

Zanoni dos Santos Elias, gestor judicial do processo. "Nós conseguimos atingir os objetivos propostos. Tinha um clamor muito forte, lá em 2015, de um risco de falência muito grande. A falência naquele momento seria uma situação dramática, não só para os credores de obras, trabalhistas, de garantia real. Graças a Deus houve um sentimento do judiciário nesse sentido, de não decretar à falência. A nossa missão foi planejar um plano que atendesse aos anseios da empresa. Três anos depois, chegamos com quase 80% dos credores resolvidos. Nem todos os empreendimentos foram resolvidos, é verdade. São 92 e 75 estão encaminhados. Os trabalhistas estão pagos em dia, aqueles que ainda estão em processo, serão pagos até 12 meses que seja concluído".

09:18

Plano aprovado em 08/12/2016 teve aprovação de, pelo menos 75% dos presentes, dependendo da categoria representada na assembleia, desde trabalhadores até credores em geral.

09:17

Acompanham o adminsitrador, à mesa, o gestor judicial Zanoni Elias, o juiz responsável pelo caso, Rafael Spillere, o promotor do MPSC, Diógenes Alves, e o advogado Lucas Farias.

09:14

"Os credores aprovaram o plano em dezembro de 2016. Concedeu-se a recuperação judicial e hoje, esgotado os dois anos do plano de recuperação judicial, os credores presentes na assembleia concordaram com o fim do processo", disse Agenor. 

09:14

"Não é o fim da recuperação judicial que tira dos credores qualquer direito. Só retira a obrigação da fiscalização do judiciário", afirma o adminsitrador judicial, Agenor Daufembach.

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