Continuando a série de entrevistas com os prefeitos da região carbonífera, Valdir Fontanella foi o ouvido desta sexta-feira (4). Durante o Jornal das Nove, ele falou sobre o turismo de Lauro Müller e sobre a exploração do carvão, que deve continuar ainda por anos. Para ele, atrair visitantes é uma ótima ideia.

“Nossa principal atividade econômica ainda é o carvão mineral, então temos que buscar uma outra alternativa. Assim como aconteceu em Criciúma, que deixou de ser a primeira, queremos fazer isso”, afirmou. Para Fontanella, é importante que as pessoas confiem na administração municipal, assim o crescimento é facilitado.

De acordo com o prefeito, a condição das estradas impede que empresas se instalem na cidade. Ele mesmo possui uma empresa de transportes, que foi deslocada para Criciúma. “Nós estamos numa malha viária construída há 30 ou 40 anos e que não passou por reparo. Entendemos que a partir dessa greve o caminhoneiro foi mais valorizado”, contou.

Turismo

Cidade pequena, uma das vertentes econômicas é o turismo. Cortada pela SC-390, que leva a Serra do Rio do Rastro, o potencial para atrair visitantes é bom. “Nós temos a estrada mais bela do mundo, então precisamos tratar bem”, disse. O prefeito também citou uma possível construção. “Acreditamos quem sabe num teleférico, para as pessoas irem a Lauro Müller”, mencionou.

O evento Encantos de Natal, realizado entre os dias 1º e 23 de dezembro trouxe visitantes. “Nesse fim de ano atraímos várias e várias pessoas que foram verificar de perto. O povo lauromüllense não sabia o que era Natal, nós quisemos fazer e fizemos. Nós atraímos as pessoas, nosso comércio ficou mais feliz. A atração turística temos que inovar, deixando a cidade atrativa para as pessoas”, afirmou.

Carvão

Diferente de Orleans, onde a população não quer a retirada de minérios, na cidade a questão é tratada de outra forma. “Lauro Müller nasceu para a exploração do carvão. Temos um passivo ambiental muito forte, então o carvão não é forte. Para Orleans tem problema porque é um município agrícola. Tem que permanecer até recuperarem as áreas degradadas, entendo que o carvão é necessário nos próximos dez anos”, garantiu o prefeito.