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Existe vida fora das redes sociais? Entenda a síndrome caraterizada por estar conectado o tempo todo!

O psiquiatra João Quevedo falou mais sobre este tipo de vício no Programa Adelor Lessa desta terça-feira, 5
Por Letícia Ortolan Criciúma - SC, 05/10/2021 - 10:01 Atualizado em 05/10/2021 - 14:35
Foto: Letícia Ortolan / 4oito
Foto: Letícia Ortolan / 4oito

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A segunda-feira, 4, foi um dia atípico para o mundo, caracterizada por uma queda do WhatsApp, Facebook, Messenger e Instagram de aproximadamente sete horas que impactou várias pessoas de forma significativa. Alguns pela necessidade das plataformas online para trabalhar, já outros devido a dependência da tecnologia. O psiquiatra João Quevedo falou mais sobre este tipo de vício no Programa Adelor Lessa desta terça-feira, 5. 

A queda generalizada começou por volta das 12h30 e somente após as 20h, o responsável pela comunicação oficial do Facebook, Andy Stone, anunciou que os serviços e aplicativos da empresa se restabeleceram. “Obrigada pelo apoio”, disse através do Twitter. Durante as horas fora do ar, internautas recorreram a outras redes sociais, como por exemplo, TikTok e Telegram. Muitas pessoas postaram até mesmo, depois da reconexão do Instagram, que haviam trocado SMS, um hábito perdido há anos. 

Quevedo explica que, o ser humano desenvolveu uma grande compulsão pelas redes sociais e quando passam por situações como esta, assemelha como um momento de solidão. “Gera uma angústia porque as pessoas estão se alimentando o tempo todo nas redes sociais. A pessoa acaba tendo esse medo de estar sem as plataformas, checa o tempo todo se existem notificações, se o som do celular está desligado”, disse. 

Esta sensação de isolamente é conhecida pela expressão Fear of missing out (FoMo), que traduzida para o portguês, revela o "medo de ficar por fora". Trata-se de uma síndrome definida pela carência de saber o tempo todo, o que as outras pessoas estão fazendo. Normalmente, a conexão na internet acontece até mesmo nos momentos de refeição, trabalho e direção no trânsito. “É patológico, esse apagão mostrou que muitas pessoas têm que administrar isso melhor”.  


O apagão e a maior produtividade 

Segundo informações do G1, um levantamento realizado em novembro de 2020, com cerca de 200 estagiários e trainees, apontou que 46% deste público afirmou que checa as redes sociais durante o horário de trabalho. Os outros 42%, alegaram que passam ao menos uma hora por dia navegando nos sites de relacionamento durante o expediente.  Atualmente, este fator tem se mostrado presente nos pré-requisitos para a contratação de funcionários das empresas. 

O psiquiatra destaca que o tempo que a população gasta nas redes sociais, vai muito além do que é necessário. Em decorrência deste fato, muitos não conseguem render o que renderiam se não estivessem utilizando os recursos de forma constante. “É como se estivessem conectados sempre para serem os primeiros a saber de qualquer fato, especialmente sobre a vida da outra pessoa. Se fosse alguma coisa tão importante, o contato seria através de ligação de telefone”, acrescentou. 

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