Os municípios do Sul de Santa Catarina vem sofrendo com a estiagem. Em alguns, falta água para agricultores e até mesmo no centro. O coordenador Regional da Defesa Civil, Rosinei da Silveira diz que todos os modelos mostram que há 11 meses há uma restrição dos recursos hídricos. “Ou seja, a chuva é abaixo da média. Não é só Santa Catarina, a Amrec, mas todo o sul do país. O Paraná, por exemplo, já decretou emergência no estado todo”, comenta.
Ele fala que, por sorte, a situação não é pior devido à Barragem do Rio São Bento que abastece várias cidades. “Se continuássemos dependendo das águas fluviais não estaríamos com esta situação mais amena. Seria muito pior. A gente vai continuar vivendo nos próximos meses com chuvas abaixo da média. Na Amrec, todos os municípios são diretamente atingidos. É preciso o consumo consciente, racional, equilibrado por parte da população”, alerta.

Silveira também revela que as áreas rurais são fortemente atingidas pela estiagem. “Todos os municípios apresentam problemas na queda de produção de leite e carne devido às pastagens e também os produtos agrícolas como o milho e outros produtos. Temos lavouras de morango que foram totalmente perdidas porque dependem exclusivamente da água da natureza e os rios e poços estão secos”, fala o coordenador da Defesa Civil, acrescentando que a parte da Amrec mais atingida vai de Morro da Fumaça, passando por Cocal do Sul, até Lauro Müller.

O climatologista, Márcio Sônego, diz que a situação deve se agravar já que não há previsão de chuva até o dia 21 de maio. “A situação está bastante crítica. A última vez que deu uma seca tão forte foi em 1991. Não vai ser todo ano assim tão seco. Nos últimos anos a quantidade chuva anual trem aumentado, só este ano que ocorreu isso”, salienta.